quinta-feira, agosto 24, 2006

Hoje, para minha surpresa, recebi um e-mail da MELLE.
Ora aqui está ele:

A «praxe académica» e demais práticas que visem humilhar os novos alunos universitários são um problema sério e como tal devem ser encaradas. Não só deixam marcas e traumatizam muitos dos alunos, especialmente os deslocados, como também são uma promoção do fascismo e dos valores mais reaccionários e facciosos. Muitos candidatos ao ensino superior, especialmente nas zonas fora de Lisboa, ainda acreditam que a «praxe» é obrigatória ou tem carácter institucional (infelizmente com a cumplicidade de muitos Reitores). Apelamos assim, a que todos se empenhem activamente no esclarecimento dos novos alunos e na denúncia das violações dos direitos humanos habitualmente cometidas durante a «praxe». Combater a «praxe» é combater uma sociedade hierarquizada, uma sociedade de «estudantes e futricas».
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No meio de tudo isto digo que já dei o meu pequeno contributo de irreverência.
Recuso-me solenemente a entrar no rídiculo núcleo do mundo "praxístico", a ponto de recusar declarar-me anti-praxe, pois para se ser contra é necessário que exista algo para se discordar e recusar, e neste caso se a sensatez de cada jovem falar mais alto a praxe é, nada mais nada menos, que um nada. Não há consequências nefastas em não participar naquela "coisa", até porque o que é mais importante, a convivência que se cria no ambiente de estudo, nunca foi nem será anti-natura a ponto de desaparecer com um simples "NÃO" a algo que na prática de nada serve, apenas para descarregar energias de frustrados em comunicação e relações, e a esses digo com condescendencia: pratiquem desporto caramba!
Até mesmo estes revelam toda a sua autoridade quando depois de terem recebido o "NÃO" tão receado de proferir, se sentam à mesa de café com quem lho disse, disfrutando da sua companhia...tal como aconteceu comigo. Meus amigos face a isto digo: a praxe não existe como precedência de um saudável acolhimento, nem como antecedência que existe antes de mais um "fato de carnaval" que vive da vaidade sem fundamento. A isto digo: somos providos de energia indissociavel da liberdade, e vestimos o que nos der na real vontade. E lembrem-se: esta maravilhosa liberdade perde-se quando desrespeitamos o mundo alheio.
Um grande bem haja!
Lia

5 comentários:

Anónimo disse...

Subescrevo inteiramente a tua reflexão sobre as praxes.

Rodrigo disse...

"A «praxe académica» e demais práticas que visem humilhar os novos alunos universitários"
Falso. A praxe académica não visa humilhar ninguém.

"Combater a «praxe» é combater uma sociedade hierarquizada, uma sociedade de «estudantes e futricas»."
Como? lol

Acrescento ao teu texto que não há quaisquer consequencias nefastas na prática da praxe verdadeira, a praxe saudável. Só participa na praxe quem quer. A praxe é uma brincadeira não obrigatória.

Anónimo disse...

Vamos todos empenhar-nos com o propósito de mais nenhum alun@ ser molestad@. Na minha univ. não tive problemas, regra geral as pessoas até são civilizadas.. mas fora de lisboa, ao que parece é bem pior...

Os meus respeitos :D

Anónimo disse...

A praxe verdadeira é isso mesmo, uma tirania. Mas depois todos aqueles que nela participam dizem sempre que são "os outros" que fazem as asneiras. Só que este ano eu vou filmar e depois falamos...


Cardoso.

Anónimo disse...

Olá! Parabéns pelo texto,embora eu ache que quem aceita a praxe tem tantas responsabilidades como os que as fazem... Mais uma coisa: em Lisboa, pelo menos na faculdade de Direito, foram os ditos "filhos do proletariado" que começaram com a praxe, e não os fascistas ou reaccionários... Bem, vamos mas é unir-nos todos contra esta vergonha!