quarta-feira, junho 28, 2006












Lugar de Implantação




Posto de Turismo
Neste exercício é-nos proposto um novo acto projectual, um Posto de Turismo, no núcleo histórico da Covilhã, que consiste em vestirmos a pele de um arquitecto de renome estudado no exercício 2.
No meu caso interiorizei o modo de pensar de Pierre Chareau, e os princípios modernistas defendidos na sua obra.
Baseei-me sobretudo na obra estudada no exercício anterior, a Casa de Vidro, por ser a sua obra mais significativa, possuindo este arquitecto/designer, uma reduzida obra de arquitectura, sendo esta feita a dois, não havendo por isso uma forma pertinente de me generalizar dentro das que ele possui, dai centrar-me na Casa de Vidro.
Partindo do principio de integração que esta sofreu no local onde foi construída, fiz com que o meu projecto também se integrasse completamente no local, aproveitando as escadas já existentes, a fonte e o desnível situado no local onde esta se encontra, para vestir aí a minha construção, tentando evitar que esta contraste em demasia com a sua envolvente.
Quanto ao seu posicionamento, a sua fachada principal, que contém tijolo de vidro está virada a sudeste, apanhando um breve sol matinal, e a sua fachada posterior esta situada a oeste, nunca apanhando sol directo, o que evita o sobreaquecimento do Posto de Turismo, apesar da grande quantidade de vidro que se situa nessas orientações.
Foram utilizados o tijolo de vidro “nevado”, metal nas zonas onde aquele não se situa, isto a nível de aspecto exterior da construção.
No seu interior prevalecem os mesmos matérias utilizados no exterior, por extensão, e acrescenta-se o chão de borracha natural em pastilhas. No mobiliário sigo igualmente a sua filosofia e faço do balcão de atendimento um dois em um, como ele fizera na Casa de Vidro, em que corrimões serviam de estantes, sendo o balcão assim simultaneamente um expositor para folhetos informativos. Faço igualmente prevalecer o seu modo de pensar na cadeira para o publico que se abre em leque.
Na zona restrita ao público surge-nos uma casa de banho que serve simultaneamente como opção de passagem para o exterior desta zona.
A nível formal, o todo do edifício apresenta-se como uma forma geométrica simples, tal como Pierre Chareau utilizava.
Sabendo que é impossível reencarnar o modo de pensar de alguém, esforcei-me para ver este espaço, durante estas três semanas com os seus olhos.


















Fachada Principal









Fachada Posterior







Interior (zona de atendimento)

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns. Acho que Pierre Chareau teria querido fazer a parceria contigo se ainda fosse vivo. O 16 V que tiveste com este trabalho põe nessa certeza o acento tónico.