segunda-feira, outubro 05, 2015




Preciso. Impreciso.

Quero um lugar que tenha lugar o sonho, o acaso.

De cabeça cansada, embrutecida pela rotina, pelos cépticos e amargura,

olho sem ternura, nunca assim experimentada...

para um tal "20º Acaso" que tirei algures em Leiria

sem vontade mas com nostalgia.

Faltar-me-à o sonho...ou será apenas tempo...ou serei diferente?

Preciso.

Preciso de mais precisão para poder olhar a vida com cores novamente.

Agora amadureço e enrijecer sem amor pelos meus fracos...

pela arte. Esqueço-a. Temo.

Temo a minha morte, por amor a alguém,

agora a rotina afoga-me em ordinarisses...sem dó,

e pior...


a minha vida depende delas.

sábado, fevereiro 21, 2015

Uno.
Reúno o arruinado antes pensado que agora não faz efeito, talvez apenas porque não se concretizou.
Junto todos os pedaços de papel rasgado, apenas sonhos adiados de medo na fronte.
Papéis…volto a uni-los, a rasga-los em pedaços mais pequenos até desvanecerem as ideias, os sonhos, desejos que neles se mostram e faço questão em dar-lhes caminho acabando com o meu.
Cada dia passa. Cada dia irá passar num futuro a longo prazo numa rotina que a vida não visita nem mesmo a felicidade, apenas o meu conformismo, pondo alegria em todas as pequenas coisas e nos problemas que se evitam mas voltam ainda com mais veemência à superfície.
Nisto…porque é que o medo não se rasga? Animal roendo a minha carne que nada resolve, só adia a minha suposta existência que deverá ser agora, pois o amanhã parte do que se consegue hoje. E nisto agarro os pés, voltando à mesma posição.
Conforto.
Desconforto que se resolve não se resolvendo.
Agarro. Mordo as pontas dos dedos dos pés. Tapo-me. Espero.


Apodreço.