domingo, novembro 25, 2007


Parece-me tudo tão cruel e indigesto, antes tivesse estômago para tal. Até o tenho…quando me agarro ao esquecimento.
Quando o saco enche acabo por me desfazer em dor e render-me aos nós na garganta. Reviver sempre a mesma situação de ambiente para ambiente, mesmo sem fazer nada para obter tal chaga é demasiado duro para quando tudo corre mal, e sejamos sensatos, eu passo a vida a perder-me do tempo, e consequentemente chamo o caos.
Depois, quando tudo corre mal, é fácil ver desarrumações em pequenos pontos. Será que a vida social não é importante? Será pequeno ponto? Não. Nós encontramo-nos como humanos na interacção com o próximo. E eu mal me realizo nesse campo. Serei falhada? Ou simplesmente desorganizada? De qualquer das formas, haja o que houver, tenho direito ao comando da minha configuração e nada, nem rejeições, podem pôr em causa tal direito e verdade.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Entre folhas caidas

Ando pela amena noite de Outono até ao café. Sento-me no sofá e tento amenizar a angustia que ainda de leve me arde no peito e me amargura a garganta. Nada sei da minha vida, nada sei acerca da motivação por lutar pelo que sonho.
E porque sonho apenas…sem prazer pela luta? Bem, na verdade tenho algum, talvez apenas custe depois da preguiça da noite agarrar nas armas e pôr-me ao trabalho.
Acordo levemente, demoro nisto quase tantas horas como no dormir.
Não só sonho acordada como durmo em pé.
Perco-me nas minhas exigências como se uma catrefa de filhos a pedir a colher de papa se tratasse. Depois há sempre aquela necessidadezinha de comunicação intima, de que passei a depender. Não me basto a mim mesma nem por breves horas…talvez até minutos, e é isso que me desfaz até à má disposição.
Tenho a mente num caos macabro para as minhas já tão breves resistências.