domingo, julho 23, 2006

Lia no País das Maravilhas

Faz quase 3 anos que me foi mostrado uma espécie de mini paraíso nos arredores de São Pedro Moel, e do qual me lembro com saudade, até porque tive lá apenas uma vez. É com desespero que não vos prometo fotografias do local, pois segundo o que me dizem aquilo foi progressivamente destruído pelo uso e abuso de muita gente, embora sempre possa mostrar os restos.
Relembro o ontem já com saudade também, sentindo ainda os pequenos e camuflados peixinhos entre os dedos na praia do Bom Sucesso, onde comemorei o início das férias. Este era para ser festejado no tal Lugar, que não reencontrei a semana passada apesar de muita procura…enfim terão de levar-me lá. Não percam os próximos posts pois em algum deles mostrarei o que sobra da “Cova das Maravilhas”…E viva as Férias!! Espero que seja um lonnnggooo Verão!
Um Brinde!!!!!
Um Brinde ao ano que me certificou e um viva ao Verão que me irá purificar!

domingo, julho 09, 2006


Arquitectura a Duas Escalas - Espaço de Exposições


Como conclusão da disciplina de Projecto, foi-nos proposto uma intervenção multi-escalar de Arquitectura - uma Feira de Exposições. Da concepção desta feira fazia parte a ideação de um objecto arquitectónico de pequena escala, assim como a distribuição deste por uma área de 10 000 m2, e o arranjo global da mesma, localizada junto à Reitoria da UBI .
Este Parque é especialmente destinado a poder permitir a divulgação das actividades da UBI e os diferentes aspectos da sua relação com a comunidade. Para responder ao exercício, tive em conta, que uma feira nunca é permanente, e elaborei uma estrutura que se camufla com as formas naturais do terreno, de forma a que parecesse não estar lá nada hostil à paisagem quando não estivessem a decorrer exposições. Assim o objecto de pequena escala submete-se à estrutura já existente tendo de ser ortogonal para acompanhar o nivelamento do terreno. Este, já pré-existindo por patamares, assim se mantém, pois assumi ser a estrutura ideal para um terreno de declive acentuado. Ao mesmo tempo, todo o espaço de ocupação ou percorrivel do parque, acompanha os movimentos dos diversos níveis, pensado ser esta a forma mais pertinente de fazer com que alguma agressividade da intervenção, fique disfarçada pelas formas naturais que assume. Por outro lado, a distribuição dos objectos assume uma forma geométrica. No patamar superior a primeira fila de stands assume-se como base de uma organização triangular destes, correspondendo a uma área total de 800m2, sendo esta a premissa que arruma o espaço, delimitando ao mesmo tempo as zonas de exposição. No centro, e para coexistirem num mesmo objectivo – percorrer a exposição - existe a zona de bares e restaurantes, não sendo no entanto esta a única justificação para a sua localização, pois a sua posição, num nível superior à cota mais baixa do terreno, proporciona uma vivência etérea do parque, dada pela suspensão e pela água que está na cobertura dos bares/restaurantes e nos stands dessa zona, sendo visível a água no interior dos bares tendo em conta que a cobertura é em vidro. Por detrás disto está a tentativa de criar um espaço dinâmico dentro dos tempos mortos que a feira possa ter. Outro elemento que pode servir tanto de objecto de exposição, como de simples lazer é a parede alta que delimita a zona mais baixa do parque, que é acompanhado por um relvado e que não é mais que um cinema ao ar livre, tendo em consideração que a universidade possui o curso de licenciatura em cinema. Os sanitários encontram-se num dos extremos de cada fileira de stands, encontrando-se em extremos opostos quando comparados entre filas, tendo-se como intenção o facto de distribuir o mais uniformemente possível o encontro com estes. Os acessos são feitos por rampas num dos extremos de cada fileira de stands, fazendo-se um percurso em ZigZag, tendo como intuito o de levar a que se ande organizadamente por toda a feira. No patamar inferior do terreno encontra-se um parque de estacionamento. Os materiais utilizados foram o betão à vista para os stands e exterior dos sanitários; paredes e tecto em vidro na zona de bares; parede do cinema pintada a branco, saibro como pavimento do espaço interior do terreno, e alcatrão no exterior, sendo alguns espaços ocupados de relva. O limite de cada stand não se encontra pré-definido, havendo a possibilidade de se ajustar segundo as necessidades e subdividir através de placas de MDF, sendo no entanto esta possibilidade só possível com o agrupamento de uma unidade na totalidade. Cada unidade é fechada por um portão basculante. Toda a área de stands é abrangida por uma cobertura que lhe está em continuidade para proteger os visitantes de um possível agreste estado de tempo.