quarta-feira, dezembro 20, 2006

Nestes últimos dias senti uma solidão nítida, e fria, no seu modo de se mostrar. Mas… a favor da minha saúde mental e paz de espírito, está o meu sentido de análise critica, que com o retomar do respeito por mim mesma, voltei a dispor.
Há tempos, tudo o que me assombrava, se passava de modo desagradável e gélido, chegando a enegrecer as extremidades do meu corpo, julgava ter origem…fonte em mim. Eu era a culpada.
Nada em dada situação transcendia a liberdade do meu campo de acção, não que sentisse controlo sobre ele, não, ao contrário, sentia como se a resolução me estivesse nas mãos…e eu a deixasse escapar por entre os dedos.
Ao largar o sofrimento gratuito que me consumia os sentidos, a obsessão que me fazia minguar, as coisas ficaram claras, e sinto tudo agora à luz de uma emotividade resguardada por um pré-requesito de análise. E mesmo que este não me traga tranquilidade, e me aponte culpa, certamente encontrarei refúgio à sombra de algo em mim que recompense…espero é que o meu volátil temperamento não se lembre de destruir tudo de que me fiz rodear, e que, a meus olhos, me dá alguma credibilidade existencial.


terça-feira, dezembro 19, 2006


Jardim Universitário- Malufa (Covilhã)
Formato A3

segunda-feira, dezembro 18, 2006


Desenho de Valor de Cor (mistura de textura e escala de cinzas)
Jardim Universitário- Malufa (Covilhã)
Formato A3

Desenho de Textura
Jardim Universitário- Malufa (Covilhã)
Formato A3


Desenho de Contorno

Jardim Universitário - Malufa (Covilhã)

Formato A3

domingo, dezembro 10, 2006

Porquê que isto é arte?
O que é que é arte?

Poucas perguntas provocarão polémica mais acesa e tão poucas respostas satisfatórias.
Para nós, arte é, antes de mais nada, uma palavra, uma palavra que reconhece quer o conceito e arte, quer o facto da sua existência. Sem a palavra, poderíamos até duvidar da própria existência da arte, porém sentindo o vazio deixado pela sua inexistência, pois esta é algo que perde definição quando pretende classificar um amplo leque de actividades humanas, tanto que é facto a palavra arte não existir na língua de todas as sociedades (embora a sua feitura acompanhe o Homem desde os primórdios, o que, hipoteticamente, a posiciona como adjectivo e não como substantivo como querem fazer dela (algo concreto e bem definido), assim assemelha-se a uma emoção materializando-se em interjeição perante determinado motivo, encontrando-se nesta medida com a palavra “Saudade” tão portuguesa, mas sentida em todo o mundo embora demasiado complexa para ter um ponto fixo, a despeito do que considera Mondrian “A Arte é um jogo e jogos têm as suas regras”… porque um jogo existe e a arte está no limiar da existência e da indefinição.
Ao dizer que a arte pretende classificar um amplo leque de actividades humanas, pretendo frisar que arte é uma actividade exclusivamente humana, pois está hoje provada a incapacidade dos outros seres vivos para, de um modo consciente e voluntário, produzir ou apreciar fenómenos criativos. A própria Natureza capaz de nos maravilhar com a harmonia das suas paisagens ou com a fúria dos seus elementos, não o faz com intencionalidade Artística, mas tão-somente como resultado das leis naturais e do acaso.
A relação do homem com a arte é íntima, a tal ponto que já alguém definiu a arte como sendo condição de humanidade. Porque será? A meu ver, a arte está inerente à actividade humana, e esta é imparável, caracterizando a natureza interrogativa e assim evolutiva do Homem, como diz Lewis Mumford “Quando deixa de criar o Homem deixa de viver.” Sendo a arte imortal, a despeito do que afirma Sigfried Giedion “Actualmente, será a arte ainda necessária?”. Já vimos que não é uma questão de necessidade mas de consequência.
Como se ousa afirmar “A Arte é um objecto estético”. É claro que nem toda a arte é bela aos nossos olhos, mas não deixa por isso de ser arte. A Estética, enquanto ramo da filosofia, tem preocupado os pensadores desde Platão aos nossos dias, mas, tal como a arte que por vezes define pela boca de alguns, e tal como todas as questões filosóficas, talvez os problemas levantados pelo belo sejam inerentemente insolúveis como afirma Herbad “Não há nem pode haver beleza que exista por si própria. Nada mais existe além da nossa opinião que nasce das nossas impressões pessoais”. Há que ter em conta que o nosso gosto e as nossas opções são exclusivamente condicionadas pela cultura em que estamos inseridos, e as culturas são tão diversificadas que se torna impossível reduzir a arte a um conjunto de regras susceptíveis de serem aplicadas em toda a parte. Parece assim impossível definir qualidades absolutas em arte, não podendo, nós escapar à necessidade de apreciar as obras de arte no contexto do seu tempo e circunstância.

A meu ver, e tendo em conta tudo o que referi, atrevo-me a dar a minha própria visão de arte: Arte para mim é uma questão de inconsciência e acaso, não de gosto, e todo o seu presente é devido ao destino, não à justiça, no sentido popular do termo.
Quando digo que arte para mim é uma questão de inconsciência e acaso, tenho presente que tudo no homem é um meio para se aliviar da sua emotividade, que pela sua excessividade é um peso nos ombros, sendo esta obra do acaso, vinda de um ser, embora algo racional, com pouco freio nos seus sentidos, por mais que pensados, tal como na frase “O amor tem razões que a própria razão desconhece” e como tudo acaba por ser vítima do amor (sendo o ódio também uma forma de amor, pois pertence à mesma escala do sentir, sendo apenas o oposto) a arte também se engloba neste confuso enredo humano, tal como Ruskin procurava nela: “Nós esperamos da arte que ela fixe tudo o que é fugaz, que ilumine aquilo que é incompreensível, que dê corpo àquilo que não se pode medir, que imortalize as coisas que não permanecem. Tudo o que é infinito e maravilhoso, aquilo que o homem pode constatar sem compreender, amar sem saber definir, é este o verdadeiro objecto da Arte.”
Posso adiantar então que Arte não é um objecto estético mas antes um adjectivo dado a uma emoção, ou mesmo, uma emoção.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

"The Concept Design of the House"
4 Estações

Tudo tem um ciclo de formação ou desvanecimento.
O exercício agora proposto pede-nos que façamos a casa para a qual temos andado a trabalhar - primeiro os interiores e sua filosofia, seguindo-se a filosofia do todo abstracto da casa, o ideograma - juntando as duas fases anteriores numa só.
Tal como o ciclo escolar, o tema da casa que proponho oferece um ciclo de formação e desvanecimento, estando isso ligado à filosofia do Feng Shui, do qual tratei na organização interior da casa no primeiro exercício, ciclo que toma o nome no Feng Shui de “Ciclo da Criação ou Geração dos 5 Elementos”, englobando assim o tema das 4 Estações que tratei simultaneamente a filosofia do Feng Shui e uma política de fruição do espaço em que se pretende criar várias sensações numa só unidade.
Essa unidade contém na sua concepção geral (paralelepípedos), também, a filosofia do Feng Shui, a qual nos diz que formas rectangulares ou quadradas são formas ideais para se fazer uma casa.
O objectivo do meu projecto, é uma sucessão de espaços que procuram libertar e conter em si as quatro estações, por meio de paralelepípedos nivelados segundo aquelas, e suspensos por pilotis (de inspiração em Le Corbusier) Para tornar a fruição etérea.
As Estações extremas são niveladas entre si, como as estações mais amenas, sendo as extremas mais altas, representando as altas amplitudes térmicas.
Todos os espaços são orientados segundo o movimento do sol que nos dará o sentir absoluto, não só das quatro estações anuais mas também diárias, procurando-se omnipresença do tema, também, através da colocação de árvores altas e elegantes (Choupos) que marquem presença no todo da construção, como elementos essenciais no todo, que por si só vivam intensamente o tema (tendo folha caduca, flor, e fruto). Estas são colocadas num pátio interior e em alguns pontos exteriores da casa, sendo visíveis das dependências assim como nas suas transições.
Focando-me agora mais no pormenor. As dependências contêm em vidro nas zonas onde é conveniente apanharem luz directa, de forma a fazer-se sentir a estação correspondente.
Assim, tudo começa num túnel de preparação e reflexão para o tema proposto (entrada) de inspiração em Tadao Ando, seguindo-se a primavera (a este). Acede-se de seguida ao Verão, sendo o escritório, onde o quente de sul representa o movimento da actividade neste espaço criada, estando a pertinência da localização no piso térreo ligada ao facto de se poder aceder sem participar do uso do resto das dependências, facilitando a sua visita. Aqui estão também as escadas que nos levam, ambas, de forma directa para a sala, fazendo desta o centro da casa, sítio propício para colocá-la segundo o Feng Shui.
A pertinência da colocação de dois vãos de escadas, reside não só na funcionalidade, mas também para organizar o ciclo das 4 estações, a filosofia do Feng Shui , e por razões estéticas. Estas são em caracol, pela sua beleza e necessidade de ocupação mínima de espaço, sendo o limite em vidro para proporcionar a quem as usa o sentir absoluto da transição das quatro estações.
Por uma das escadas pode-se ir para o corredor dos quartos (a este), ligando-se o acordor dos habitantes com o começo do ciclo das quatro estações. Pela mesma escada pode-se ir para a sala que está direccionada a sul, ligando-se o calor à ambiência gerada pelo convívio, estando em sintonia.
Pelo segundo vão de escadas, pode-se aceder primeiro ao Outono, onde é a Sala de Jantar, direccionada a Oeste, onde o sol se põe, e onde há o desvanecer das sub estações diárias - pequeno almoço, almoço, lanche e jantar.
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4 Seasons

Everything has a cycle of formation or evanescence. The exercise that is now proposed is to build the house for which we have been working on- first the interiors and its philosophy, following the philosophy of all of the house`s abstract, the ideogram- joining the two previous phases into one.
Like the school cycle, the subject of the house that I propose offers a cycle of formation and evanescence, which is linked to the philosophy of Feng Shui, from which I treated the interior organization of the house in the first exercise, the cycle which goes by the name of Feng Shui of “Cycle of the Creation or Generation of the 5 Elements”, enclosing the subject of the four seasons that I treated simultaneously the philosophy of Feng Shui and a politic of fruition of the space in which it is intended to create several sensations in only one unit.
That unit contains in its general conception (paving stones), also the philosophy of Feng Shui, which tell us that rectangular or square forms are ideal forms of making a house.
The objective of my project is a succession of spaces that are going to free and contain in itself the four seasons, using levelled paving stones and suspended by pillars (inspiration in Le Corbusier) to make the fruition ethereal.
The extreme seasons are levelled among themselves, like the mild seasons, being the extremes higher, representing the high thermal amplitudes.
All of the spaces are oriented by the movement of the sun that will give us the absolute feeling, not only of the four annual seasons but also daily, looking for omnipresence of the subject, also, by placing high and elegant trees (poplars) that mark presence in all of the construction, like essential elements in one, that by itself live intensely the subject (having decrepit sheet, flower and fruit). These are put in an interior patio and in some exterior points of the house, being visible from the dependences as well as in their transitions.
I will now focus in more details. The dependences have glass in the zones where it is more convenient to have direct sun-light, in order to feel the corresponding season.
And so, everything starts in a tunnel of preparation and reflection for the subject proposed (entrance) from inspiration in Tadao Ando, following Spring (to east). Afterwards acceding to Summer, being the office, where the warmth of south represents the movement of activity in this space created, being the pertinence of the location in the ground floor connected to the fact that we can have access to it without using the rest of the dependences, making it easy to visit. Here are also the stairs that take us, both, directly to the living room, making this the centre of the house, a favourable place to put it according Feng Shui. The pertinence of the placement of two vain of stairs, reside not only in the functionality, but also to organize the cycle of the four seasons, the philosophy of Feng Shui, and by esthetical reasons. These are spiral, by its beauty and the need for occupying the minimum space, being the limit in glass to provide who uses them the absolute transition of the four seasons.
From one of the staircases it is able to go to the rooms corridor (to east), linking the habitants “waking up” to the beginning of the cycles of the four seasons. By the same staircases we can go to the living room which is directed to south, linking heat to the atmosphere generated by sociability, being in syntony.
By the second staircase, we have access first to Autumn, where the dinning room, directed to West, where the sun sets, and where there is the evanescence of the sub daily seasons- breakfast, lunch and dinner.
From the dinning room we can go to Winter (kitchen to North, because we want “fresh” where the food is) which its access is by a ramp, where we can always see a tree that reminds us of the season that we are in.




































sábado, novembro 25, 2006

"Transformação ou permanência na Arquitectura"
Hoje já não é a primeira, nem será a última vez que esta questão se interpõe entre mim e a realização de um projecto.
Ao fazer-se ou falar-se de uma realização projectual vêm atrás na maioria das vezes argumentos (numa repetição que considero abusiva), como "respeito pela lógica formal do lugar", "respeito pelo traçado Arquitectónico" e "conservação dos elementos históricos", muitas vezes para esconder falta de ideias e pretextos, e raramente, a meu ver, com genuínas intenções.
Já alguma vez se perguntaram porque não se vestem todos da mesma cor? Concerteza que confirmam que o contraste de cores é mais apelativo que a mesma cor espalhada por todo o corpo!
Ora na arquitectura como em todas as modalidades ditas artísticas, passa-se o mesmo, pois no contraste é que reside a emoção, e a Arte para mim, não é mais que uma interjeição perante algo que concretiza o indizível, e pela qual exclamamos...é o resultado da emoção, dando-lhe nome.
Ora da monotonia surgem exclamações? Emoções? Atrai? Por vezes até se torna extremamente inquietante, pois o Homem é um ser inerentemente activo.
Quando se fala de respeito aos valores históricos do local, esquecemo-nos que a história tende para o infinito, e qua não faz sentido estar-mos no século XXII a pressionar-mos interruptures que têm uma altura maior que a nossa, ou pior, numa sociedade cada vez mais idosa, subir escadas para um terceiro andar, tudo pela bem dita reabilitação, movida pela conservação dos antigos valores estéticos (será que o eram? ou apenas funcionais e subservientes?), perdendo-se aqui o significado de Arquitectura, que além de objecto de fruição é também, e essencialmente, um obejcto utilitário, funcional.
Já se perguntaram porque é que o IPPAR só protege zonas justapostas a lugares históricos por excelência, mesmo que a cidade contenha uma unidade formal?
No centro nasce a história...O resto é subserviencia!
Esta subserviencia não existia até aos tempos de hoje (quando se pede cada vez mais capacidade criativa...ironicamente), existia adpatação às necessidades e aos valores em constante evolução do homem, que hoje só são acompanhados na periferia das cidades, criando objectos inertes numa zona hipotéticamente central e histórica, que não fazem qualuqer sentido no contexto de um urbanismo que se quer hoje cada vez mais funcional e pragmático.
Basta visitar-mos Óbidos que à rebelia da beleza da zona histórica as pessoas preferem morar, consoante a satisfação de novas necessidades, na periferia. Isto repete-se.
E não chame-mos Arte a algo na grande parte das vezes inerte, pois Arte em Arquitectura é a inseparável relação forma/função.

sexta-feira, novembro 24, 2006

"Pensar Alto"

Hoje deu-se a prova do que suspeitava. Hoje começa a concretizar-se a convicção que há uns anos me invade de que resumir o pensamento, os actos e os hábitos ao essencial é o caminho mais correcto, o caminho que leva à simplicidade suprema da existência, e assim facilidade de permanência em vida. É o caminho da satisfação intelectual e espiritual.
Abro o chapéu e saio para a rua, sem expectativas de nada, nem de ser invadida pelo receio, quem sabe apenas resultado do cansaço devido às duas directas que fiz.
Tenho a mente num branco arrosado pela primeira vez em muito tempo e os gestos desinibidos. Pela primeira vez em muito tempo desde a depressão enfrento um público e falo abertamente sem medo de mim. Obrigado dança. A tua espessura terapêutica reacendeu em mim a confiança, fez com que não recea-se o medo, e dá-me perspicácia para saber retomar o passo após o engano.
Libertei-me finalmente da prisão que criei com as minhas ilusões sobre o mundo, e reduzi estas a um nada que outrora se afigurava como fantasma que me aterrorizava.
Sei que se levar a cabo a redução completa ao essencial e a descoberta de prazeres não prejudiciais, simultaneamente belos na sua concretização, sentir-me-ei realizada e com força para enfrentar um novo mundo- aquele que só me morde se eu deixar e quiser.

terça-feira, novembro 21, 2006

"Cão Como Nós"
17/11/2006



. Bau

Dia de Seminário. Tudo me indica que não seria a melhor altura para me debruçar numa recordação, que embora não exista só nessa forma, já se afigura algo distante, e dado o calendário, descontextualizada, mas esquecendo um pouco isso fica o vazio deixado por algo que perdeu a definição com o tempo, e que por isso às vezes me esqueço de o relembrar como motivo.
Hoje pendurado no meu quadro de lembranças, ou de anti- esquecimento, sem precisar de lá estar, está o meu mais próximo cão Bau que a doença e o meu descuido levaram, e não a sua idade.
Quadrúpede de presença humana... relembro com paixão episódios menos caninos deste companheiro, que tanto fazem jus ao meu respeito e adoração por este cão.
Epanheul Breton por mero acaso…sem muita justiça, e com malandrice, pedi ao meu avô para olhar por ele, enquanto permanecessem fora, tomando-o em definitivo para mim, e então, julgando este ser de bom tom, tomou o meu modo de estar como seu, a jeito de agradecimento, sem muitas opções para o fazer, mal sabendo ser o melhor que me poderia dar.
Pois no seu modo calmo, passivo e conformista, tal como eu era, e julgo ainda ser, o Bau fugia à sua regra quando em época de namoro canino, trazia a sua conquista, ironicamente, e como eu própria observava quase sempre certa, para a porta de casa, defendendo-a dos outros já depostos conquistadores, persistentes porém, que teimavam em perseguir a menina.
Recordo com saudade a sua fidelidade e postura tão elegante, não que fosse obediência, pois era por instinto que o fazia, ao acompanhar-nos sem corrente para todo o lado, tal como um boomerang, e a sua por ventura indisciplina sempre, mas sempre justificada.
Sentado à porta do prédio da minha antiga casa, Bau dava azo à sua convicção de que toda aquela área circundante lhe pertencia, guardando-a incansavelmente, e quando considerava isto suficiente, batia à porta de casa mais espertinamente que uma criança em idade de descobrir os porquês.
De olhar meigo, pacífico, e assustadoramente consciente, que trazia implícita sabedoria, observava-nos do seu sofá sempre com carinho, passa-se-se o que se passa-se.
Deliciava-me olhá-lo, e encontrava nele o motivo de compaixão pelo que me rodeava, um pouco a jeito de quem vai à missa.
Encontrava nele um irmão, não só pela afeição a este que a minha mãe tinha, mas também, como já referi, por ser um meu reflexo.
Tudo submerge à última cena que com maior intensidade se impõe, talvez pela minha maneira pessimista, num fim de tarde de Maio, em 2003, entro em casa vinda da escola e encontro num sono profundo e rendido, mas pouco pacífico, este paradigma do amor e do admirável modo de estar em vida.
. Filhos do Bau (Março 2002)




. Recente ninhada de netos

domingo, novembro 19, 2006

Relembro-me de mim?

Já voam 5 anos, alguns deles sobre chuva, e que custam a sarar, pois não têm condições de voar, espero contudo que esta situação seja um ainda.
Relembro a minha independência "vaidosa" doas 16 anos, relembro Paris, a viagem que com alcobasenses fiz, e relembro o preciso momento em que positivamente me classificaram, em muito tempo. Relembro os primeiros sorrisos a uma estranha, que era eu, que entra ( consoante a normalidade na altura) com naturalidade, descontracção e um travo de atrevimento no grupo de viagem. Relembro as objecções que em Versailles se renderam, a camaradagem com que por 3 vezes fomos expulsos do Sacré Coeur, à custa do riso, relembro o carinho com que as gafes eram recebidas. Relembro e saboreio tudo como um reacender social que não tinha desde a infância, graças a uma consensual e embrional boa educação de Alcobaça, digam lá as cobras e lagartos que disserem.
Ontem tudo que era e que se confirmou nesta casual viagem reapareceu quando ao som da música vejo o meu corpo render-se à coreografia com obdiência, confiança e liberdade dos membros, da aura, que não sentia fazia anos e que o meu social de hoje tende a apagar. Mas porquê me tornei tão susceptível, quando caminhei tantos anos sobre tristeza e solidão mas com a graça de quem não liga ao caso? Será a fase "pré-adulta" mais frágil que a adolecência? Ou será que a exigência que lhe corresponde nos faz cair em dó?
Óbidos Achocolatado II
(dia 11/11/2006)

As esculturas de chocolate não são as deste ano mas de 2005...não estive disposta a entrar na fila.





































sábado, novembro 18, 2006

Óbidos Achocolatado!
(primeira visita este ano)









































quarta-feira, novembro 08, 2006

Dar a mão...recusa em vão
Sexta-feira passada a caminho de casa e com o carro cheio fazia-se silêncio. Venha ele de que razão vier para mim começa a entrar na categoria das coisas às quais dou um tempo de descanso, pois esta coisa de estudar muito disso tem a dar. Ora, mas não será para falar das minhas novas viagens Covilhã-Nazaré e vice versa que escrevo agora aqui, mas talvez do silêncio.
Hoje vivem-se paradoxos como qualidades, coisa que há anos me anda a dar volta à estabilidade emocional, mais concretamente, vive-se no silêncio e solidão por opção, e também: por azar.
Cada ser humano constoi um mundo, seja ele solitário ou não, mas o certo é que tem receio de abrir as portas nos dois casos, porque, sabe-se lá, o vá depôr do seu estatuto com a sua chegada, ou descobrir que o mistério que acompanha toda e qualquer solidão, não é assim tão misterioso, seja: interessante. Mais recentemente descobri que há quem tenha pavor a desconhecidos, esquecendo-se que os conhecidos de hoje foram os desconhecidos de ontem, e quem sabe, se não serão os esquecidos de amanhã...e agora? Cai-se na onda do pseudo mistério da solidão? Será isso o mais confortável?
De qualquer das formas, face a estas duas situações, não me resta alternativa senão armar-me em penetra e invadir o mundo alheio der por onde vier, e julgo não me vir isso a custar tão caro como o exemplo de Lisboa :de recusas sucessivas.
Lisboa onde um mapa mostro para saber indicações e onde mas recusam com receio de estas serem o pretexto de entrar no seu tão vazio mas pedante mundo. Será Lisboa tão igual ou diferente de terras menores?
Lisboa que és aparência desprovida de excelência de actos genuínos e que tanto penas por impessoalidade dada pelos teus gambuzinos.

terça-feira, novembro 07, 2006

Sr.Chocolate em relações burocráticas com Óbidos!

Ora Cá estamos na 5º edição do festival de chocolate de Óbidos, que este ano, segundo eu própria testei é sem dúvida a melhor de entre todas as que se lá realizaram, finalmente vê-se chocolate além de gente! Nem que para isso se tenha de pagar 5 euros( com oferta de chocolate pipi da nestlé) pela pulseira de entrada nas tendas...3,5 euros aos dias de semana.
Apareçam!

quinta-feira, outubro 26, 2006

One Love
"Lia’s statement is a good example. Gosto muito de dizer que Arquitectura para mim é uma questão de inconsciência e acaso, não de gosto, e que todo o meu presente é devido ao destino, não à justiça, no sentido popular do termo.
A very interesting remark and a good starting point for us to discuss: It touches quite an actual and essential issue of human factor of architecture. I share some of these fears about too rigid and technocratic features that we may observe in many of the recent realizations of modern architecture around the world. It would be good to remember about it - and avoid! - in the process of our course of architectural design. That is why, for example, in exercise 2 we base the concept of the design on broad areas of culture and seek ways of their transformation in an artistic way. We must keep in mind that architecture should carry a meaningful message which appeals to our knowledge and imagination, thoughts and emotions, making a piece of architecture both livable and lovable.
In our course, we try to look at architecture as a culmination and synthesis of all forms of arts. Such architecture unites sculpture, painting, and engraving as well as drama, music and dance - a vital synthesis of all the arts working in harmonious cooperation. Only when composed into one specific building, they are able to awake us to our individuality and task in life.
It also turn our thoughts to the Anthroposophy and its influence on Architecture. Putting Anthroposophy-in-Architecture into just a few words, we might say that in the beginning a house was created through an observation of a human body. A symbolic design, almost like a drawing of a child: 2 windows like human eyes, a door as a channel of communication that let people and things in-and-out (just like human mouth), and a chimney – nostrils of a building. However, there is one important difference – the walls of our house are usually straight and rigid, made of hard materials, and organized by straight angles. A human body is soft and mostly made of floating lines (probably with not a single place where you could draw an angle of 90° or 45°). Perhaps this is what makes this gap between our inner and outer space? Some architects tried this gap to disappear. Antroposophical Architecture was invented to search these areas. How to organize a building the same way as human body is made? What to do to make a building breathe, warm up-and-cool down, to be self-sufficient in terms of temperature and air ventilation etc.
An interesting question remains: why buildings which follow such soft lines – like those made by F. Gerhy, for example – are not warm and human-like? What do you think?
by Prof.Jacek Krenz
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Teacher:

In first place, I would like to thank you for exposing an argument that was said by me in an uncompromised way. When I say that architecture to me is a question of unconsciousness and random, I have in mind that everything in man is a way for himself to relieve his emotiveness that by its excess is a weight on their shoulders, this random and unconsciousness work came from a being, although rational, with a bit of caution of its feelings, no matter how much thought is put into it, like the phrase “love has reasons that reason itself doesn’t know” and as everything ends up being a victim in love (being hatefulness also a form of love, therefore belonging to the same scale of feelings, being its opposite) architecture also enlaces itself in this confused human perplexity.
So this isn’t being afraid "of the too strict characteristics that we can find in modern architecture", but on the contrary, for everything what is correct, the contrary is equally valid, and part of the extremes are from the unconciousness, of course, always with the excuse of the experimentation…like in love.
In exercise two there is something interesting, that isn’t strange to me, although we didn’t apply that method of "apparition" of a project, I have already applied it in another university that I was in previously, and I can say that I had a lot of fun, and I lament that the pragmatism of the practical life doesn’t give space, most of the times, for the application of more spiritual concepts, I agree with you when you say that architecture is like the synthesis of all arts, therefore we have in mind that a blind man lives architecture by how the space feels, but it stays limited by example in painting or sculpture.
Now answering the question: Why are the F. Gehry buildings not as hot as the human beings although Anthroposophycs?
In my way of seeing things, the organic forms are appellative to an emotional life, and regular and straight forms appeal to calmness, concentration, meditation, and finally rationality, by its sobriety in the representation and stable and lineal apparition. The human being is already by itself a natural chaos of feelings, and today, more and more it searches rationality, and so it prefers strict forms like a square or a rectangle.
I consider that the Anthroposophyc resemblances, of an hypothetical form, are not more than residues of an animal “feel”, that each time is more annoyed, and so, even if it is made, in its enjoyment it will not be well received, and that regular forms appeal more to an objective each time more popular – rationalism - with the aggravating that opposites attract, such as in love, and like in one of the objectives of exercise 2.
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Quando digo que a arquitectura para mim é uma questão de inconsciência e acaso, tenho presente que tudo no homem é um meio para se aliviar da sua emotividade que pela sua excessividade é um peso nos seus ombros, sendo esta obra do acaso e inconsciência vinda de um ser embora algo racional com pouco freio sobre os seus sentidos, por mais que pensados, tal como na frase “O amor tem razões que a própria razão desconhece” e como tudo acaba por ser vitima do amor (sendo o ódio também uma forma de amor, pois pertence á mesma escala do sentir, sendo o seu oposto) a arquitectura também se engloba neste confuso enredo humano.
Ora isto não será ter medo “das características demasiado rígidas que podemos encontrar na arquitectura moderna”, antes pelo contrário, pois para tudo o que é certo, o contrário é igualmente válido, e da inconsciência faz parte os extremos, claro, sempre com a desculpa da experimentação…tal como no amor.
No exercício dois algo interessante se passa, que não me é estranha, pois embora não tivéssemos aplicado esse método de “aparição” de um projecto, já o apliquei noutra universidade em que estive anteriormente, e digo já que me divertia imenso, e lamento o pragmatismo da vida prática não dê espaço na maioria das vezes para aplicação de conceitos mais espirituais, visto concordar consigo que a arquitectura é como uma síntese de todas as artes, pois tenhamos em conta que até um cego vive a arquitectura pelo sentir do espaço, mas fica limitado por exemplo na pintura ou escultura.
Agora respondendo á pergunta: Porquê que os edifícios de F. Gehry não são quentes como o ser humano embora antropomórficos?
A meu ver as formas orgânicas são apelativas a uma vida emotiva, e formas regulares e rectilíneas apelam ao sossego, concentração, meditação, enfim racionalidade, pela sua sobriedade na representação e aparição linear e estável. Ora o ser humano já por si é um caos natural de sentimentos, e hoje, cada vez mais parte em busca da racionalidade, daí que prefira formas rígidas como o quadrado ou rectângulo.
Considero que as semelhanças antropomórficas, de uma forma hipotética, não serão mais do que resíduos de um sentir animal, que cada vez mais é contrariado, e por isso ainda que feito, no seu desfrutar não será bem recebido, e que as formas regulares apelam mais a um objectivo cada vez mais em voga – racionalismo - com a agravante de os opostos se atraírem, tal como no amor, e tal como num dos objectivos do exercício 2.
"The theme of the House"
O tema da casa

As Quatro Estações No exercício 1, tentei expor a pertinência de se usar o Feng Shui numa casa, seja no oriente ou no ocidente, assim como o apliquei na organização interior hipotética da casa em desenvolvimento, descrevendo alguns itens por escrito.
Agora, pede-se que encontremos um conceito para o desenvolvimento da casa em si, e que o transforme-mos no ideograma que irá ser o berço da feitura do projecto. Aqui também respondo com algo ligado ao Feng Shui, embora o conceito em si “As quatro Estações” pudesse ser desenvolvido sem qualquer teoria de apoio, pois é sempre um desafio transformar em espaço o estéreotipo dos quatro climas que se nos impõem ao logo do ano.
Ligando esta tarefa ao Feng Shui, as 4 Estações aparecem ligadas aos 5 elementos que são gerados através da combinação do Yin Yang de acordo com a predominância de uma ou de outra destas forças. Estas energias, ao circularem pelos planos celestiais e terrenos, permitem o equilíbrio das estações do ano nos ses ciclos naturais, imprescindíveis ao crescimento e desenvolvimento de todos os seres vivos no planeta. Para tanto, existem duas leis responsáveis por esta estabilidade que impede que ocorram excessos ou a falta destas energias. São denominadas de Leis da Criação e de Dominação.
O elemento Fogo é gerado pela madeira, como vemos numa fogueira. Ao terminarem as suas chamas, restam apenas as cinzas que alimentam o elemento terra. Esta, por sua vez, alimenta as plantas e árvores, que são o elemento madeira. Este é o ciclo de Criação ou de Geração do 5 Elementos. Será esta ordem que utilizarei na disposição e sequência dos espaços na minha casa, coincidindo esta com a orem natural das 4 estações.

1. Primavera- Madeira- trapezóide
2. Verão- Fogo- triangular
3. Outono-Metal- arredondada
4. Inverno- Água- sinuosa
Será esta a disposição da casa por níveis: crescente e em seguida decrescente, voltando ao início –Primavera. Assim como a sequencia dos espaços, o diagrama é uma junção das formas que correspondem a cada elemento, assim como se localizam nos pontos cardeais correspondentes: Primavera a Este, verão a Sul, Outono a Oeste, e Inverno a Norte.





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domingo, outubro 22, 2006


A Idiota

Ao dar por finda a minha leitura num dado momento da meia noite de ontem, invade-me uma surpresa que era mais por assim se constituir do que pelo facto de onde surgiu. Enfim…agradeço a minha susceptibilidade de olhar para um marcador de livros que diz “Verão 2005” e ficar submersa na nostalgia de um tempo perdido.
Agradeço hoje o facto de viver intensamente os pormenores, coisa que outrora (bem há pouco tempo) me criava tempestades, pois as particularidades mesquinhas estão quase definitivamente trancadas na gaveta. Agradeço lembrar-me exactamente do instante em que apanhava o marcador na Bertrand…”A verdadeira sofisticação que dispensa dobragem de folhas, embora em papelão é gratuita”.
Agradam-me estes últimos dias de fim de semana em que começo a reorganizar a desorganização em que cai ultimamente, e posso afirmar que embora a temesse não transformei isso em ansiedade. Tem-me ido ao gosto “O Idiota” de Fiodor Dostoiévki, que, embora ande a achar que é de um existencialismo suave, que não nos coloca dentro de um “sentir” pretendido com a história, ou narrativa, como Virgílio Ferreira faz, ainda assim é agradável e ilustrativo, até ralaxante e de fácil leitura, o que é de admirar, pois dentro disto não é um exemplo paradigmático do existencialismo que conheço.
Agrada-me agradar-me, enfim, um livro que demorou a começar ser lido pelo desconforto da “diferença” dada pelos nomes das personagens, algo excêntricos para uma portuguesinha sem cultura, até porque esquecendo toda esta dificuldade, identifico-me com a personagem principal, o idiota, não lhe chamando assim, mas simplesmente ingénuo, sendo esta a prova da semelhança…pois cai em defesa.

segunda-feira, outubro 16, 2006

"What makes a House?"
"O que faz uma Casa?"

(fase esquiço)


Já alguma vez considerou que a disposição das mobílias na sua casa ou escritório, as cores das paredes, os materiais utilizados, a posição para onde dorme, a cadeira onde se senta para comer ou trabalhar, podem influenciar positiva ou adversamente todas as áreas da sua vida? Pois bem, os especialistas de Feng Shui dizem que sim e a confirmar os resultados estão empresas como a Body Shop, Aeroporto de Chicago, British Airways, ou Hotel do Chiado em Lisboa (para além de muitas outras) que contrataram técnicos de Feng Shui para melhorar o ambiente de trabalho e aumentar a produtividade e bem estar. O Feng Shui é uma arte originária da China, tem mais de 4000 anos e é usado em todo o Extremo oriente, apesar de existirem teorias semelhantes um pouco por todo o Mundo. Feng Shui significa “vento” e “água” e a teoria que lhe está subjacente é de que todos os espaços têm uma vida, uma “energia” própria que influencia decisivamente os seus habitantes em todos os aspectos da vida. Da mesma forma que um acunputor ou terapeuta de shiatsu detectam no corpo desequilíbrios energéticos específicos que são corrigidos através de agulhas ou manipulação, um praticante de Feng Shui diagnostica os mesmos desequilíbrios num espaço e tenta corrigi-los através do uso apropriado de cores, objectos, disposição de mobília, podendo ir ao mais ínfimo pormenor de um qualquer espaço físico. E é dentro deste espaço de ideias que pretendo desenvolver o meu projecto, com formas e configurações que sejam um paradigma mais próximo possível desta filosofia Assim de uma forma resumida passo a explicar o projecto: Todas a volumetrias se desenvolvem a partir da forma octogonal, que não é mais que a junção da forma redonda que simboliza o Céu, e do quadrado que simboliza a Terra, sendo então a forma ideal para se desenvolver uma casa onde as energias circulem de forma moderada e saudável, não estagnado nos vértices do quadrado, nem tomando velocidade exagerada no circulo. Assim compus a planta com a forma básica de dois octógonos intersectados, surgindo-nos o centro (o coração da casa) com uma forma geométrica também de oito lados, onde as energias correram de forma equilibrada, o que é importante pois é a partir do coração da casa que os resto das dependências se alimentarão. No centro inferior encontra-se a piscina, pois segundo o Feng Shui o elemento Água está relacionado com riqueza e prosperidade, a presença deste elemento é auspiciosa no recolhimento destas bênçãos, estando este facto facilitado pelo posicionamento central desta. Esta zona será de passagem quase que obrigatória por ser simultaneamente o “corredor” da casa e uma zona de lazer por excelência. Este espaço embora central está livre de visitas menos desejadas, conservando a sua vertente intima, uma vez que se pode aceder ao escritório logo à entrada, sem ter de entrar na casa, e a sala de estar, jantar e a cozinha podem ser acedidos por uma escada que nos leva até eles na parte superior da casa, escolhendo-se esta localização por ser mais dada ao lazer, uma vez que podemos desfrutar das vistas no aconchego de um convívio. A escada no extremo oposto á da entrada no interior da casa dispensa a ida até à parte exterior para se subir a estas dependências, sendo um ponto de comodidade.Todas as dependências estão organizadas segundo a filosofia do Feng Shui com o auxílio de um instrumento chamado de Pa Kua ou Ba Gua.


Planta piso 0

Planta piso 1






Maquette:



















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terça-feira, outubro 03, 2006

Hoje.
Deixo cair no chão os restos de um eu em aflição, e nesse afigura-se um reflexo forte em estabilidade, embora com algumas intermitências que me deixam não a medo, e ainda bem, mas em dúvida.
Habita-me agora uma frágil (talvez) força em crescimento e expansão que exala pelos poros em lugar de uma transpiração de insegurança que me invadia e me consumia até às entranhas.
Todo este estado me é novo, não recuperado, e assim talvez conhecido, como julgava que iria ser, e para além de ser novidade, coisa que gosto sempre de saborear, traz consigo uma força motriz que não me surpreende vir a acompanhar.

sábado, setembro 23, 2006

Surpresa!

Depois de alguma coisa que se afigurava como um tudo, ou mesmo o TUDO, veio a dura realidade riscar essa ideia e lembrar-me que o que tenho realmente e só...são sonhos. Tudo se auto-promovia como incontestável devido à minha necessidade de viver loucuras, e estava longe de receber o nome que hoje lhe dou: Ilusão.
Apesar de tudo, presentemente sinto isto com menos confusão e dor do que era de se esperar, tendo em conta o meu frágil ego, e neste contexto agradeço esta desilusão da vida que se mostra imperativa por exemplos sucessivos, que alegremente vejo construir em mim estruturas que se tinham perdido no tempo num ambiente de paz armada.
Esta ilusão, que pensava ser a minha base de acção do agora, constituiu algo mais que isso: estabilidade, venha a tempestade que vier...pois ela só por si era um forte temporal, em relação ao qual tive de fabricar anti-corpos, esses que são o resto de tudo e que servirão para algo mais...quem sabe sejam o começo de um sentir-me em unidade sólida, forte e não passível de se destruir ao toque...como até há bem pouco tempo. Coisa que já começo a sentir...e que era tão desejada.

sexta-feira, setembro 22, 2006



Jorge Palma, fim do dia com carícias na alma!

E ainda dia 16 de Setembro Concerto de Jorge Palma em Alcobaça. Duas horas de concerto no seu melhor...nada de admirar...









São Martinho, despedida com carinho!

Pois é, dia 16 de Setembro foi a véspera de partida para a Covilhã, que foi gasta à grande e à portuguesa em dois sítios que habitam o meu coração. O primeiro, não por ser o melhor, foi São Martinho, por entre remodelações que acompanham a de Alcobaça, dadas pela felicidade da mesma autarquia.

Aqui ficam algumas fotos das alterações: