sábado, setembro 23, 2006

Surpresa!

Depois de alguma coisa que se afigurava como um tudo, ou mesmo o TUDO, veio a dura realidade riscar essa ideia e lembrar-me que o que tenho realmente e só...são sonhos. Tudo se auto-promovia como incontestável devido à minha necessidade de viver loucuras, e estava longe de receber o nome que hoje lhe dou: Ilusão.
Apesar de tudo, presentemente sinto isto com menos confusão e dor do que era de se esperar, tendo em conta o meu frágil ego, e neste contexto agradeço esta desilusão da vida que se mostra imperativa por exemplos sucessivos, que alegremente vejo construir em mim estruturas que se tinham perdido no tempo num ambiente de paz armada.
Esta ilusão, que pensava ser a minha base de acção do agora, constituiu algo mais que isso: estabilidade, venha a tempestade que vier...pois ela só por si era um forte temporal, em relação ao qual tive de fabricar anti-corpos, esses que são o resto de tudo e que servirão para algo mais...quem sabe sejam o começo de um sentir-me em unidade sólida, forte e não passível de se destruir ao toque...como até há bem pouco tempo. Coisa que já começo a sentir...e que era tão desejada.

sexta-feira, setembro 22, 2006



Jorge Palma, fim do dia com carícias na alma!

E ainda dia 16 de Setembro Concerto de Jorge Palma em Alcobaça. Duas horas de concerto no seu melhor...nada de admirar...









São Martinho, despedida com carinho!

Pois é, dia 16 de Setembro foi a véspera de partida para a Covilhã, que foi gasta à grande e à portuguesa em dois sítios que habitam o meu coração. O primeiro, não por ser o melhor, foi São Martinho, por entre remodelações que acompanham a de Alcobaça, dadas pela felicidade da mesma autarquia.

Aqui ficam algumas fotos das alterações:








quinta-feira, setembro 14, 2006



Na menor cidade da Bahia, Madre de Deus, com apenas 11 Km quadrados, uma casa de três pavimentos e apenas dois metros de largura chama atenção de que molha.
A residência, abriga 2 salas, cozinha, 3 suítes e uma varanda, pertence aHelenita Queiroz Grave Minho, 43 anos, e seu marido, Marco Antonio, 46 anos.Além dos dois, vivem na apertada casa três filhos, a mãe de Helenita, a irmãe um cachorro.
No terreno estreito, Helenita, ao ficar desempregada, resolveu construir umacasa para alugá-la, o que poderia ser uma fonte de renda. Marco Antonio achou maluquice, mas resolveu contratar um pedreiro, que, desconfiado, disse que nunca daria certo, afirmando que nem uma geladeira caberia na casa. E não coube. Os móveis da família tiveram que serdesmontados para entrar na casa.
Ao fim dos dois anos de obras, os donos ficaram satisfeitos com aresidência, que era maior que a antiga.
Assim, Helenita resolveu se mudar para a casa estreita e alugar a outra, que hoje rende um aluguer de R$ 700por mês.
A prefeitura da cidade de 12 mil habitantes criou problemas, masapós a apresentação da planta, acabou aceitando o novo ponto turístico da cidade,onde turistas se sentam nos bancos em frente da casa para tirar fotos. Agora, Helenita e Marco Antonio planejam a construção de um quarto pavimento, nacobertura, aberto para o lazer da família, com churrasqueira.



quarta-feira, setembro 13, 2006

Será que o tempo nos separa em constrangimento?

Confesso que é-me difícil pensar isto, transferi-lo para palavras, pois apenas o sinto em plenitude. Será que o agradeça à experiência, ou a uma consciência aberta a ferros?
A questão prende-se nisto: Até que ponto o tempo armazenado no repertório de alguém pode ser o limite do meu espaço de acção?
Confesso de peito aberto que quando dou de fronte com alguém que me apresenta uma colecção de calendários vividos como prova de credibilidade, esboço em mim um nervoso miudinho com vontade de acabar em estalo, uma gargalhada bem dada, um sem fim de pena, pois parto do principio que quem tem atributos com que se orgulhar não precisa na idade se refugiar...atrás de uma pose que nada nos tem para oferecer senão o limites que ela mesma impõe, esconde-se um ego frágil, de estrutura débil, que por isso nos oferece barreiras de interecção, esquecendo-se no entanto que quem deixa de experimentar e vivenciar é o próprio.
Defendo e sempre defenderei que a simplicidade é a maior prova de sabedoria a ser dada, é a mostra de que se tem presente que nada se é no meio de alguma coisa, à qual devemos respeito para nesse nada encontrar-mos um sentido.
Digo com vaidade que sei de gente que vive sem esses limites mesquinhos, de arrogância e pretensão, pois é mais que obvio que o tempo não acrescenta atributos, apenas e só, o que se faz dele, e sejamos realistas, a maioria gasta-o no vazio de uma rotina que faz tudo menos abrir horizontes. E desde quando se dá ouvidos a alguém de pouco alcance? A fastidiosa rotina é uma experiência que nos diz stop às possibilidades de viver experiências diferentes...que nos possa fazer sentir vivos. E neste caso a experiência é um limite, não uma mais valia. Desde quando é que devemos ter respeito pelo medo? Pela falta de coragem que advém de dias de doce tormento?
Toda a pose é resultado de uma ignorância que é liquefeita com o passar do tal tempo que exibem com vaidade. Felizmente há quem seja mais perspicaz e nunca tenha de dar essas quedas.
Os meus pêsames a quem ainda não se apercebeu da relatividade que nos envolve,e à muito foi comprovada.

sábado, setembro 09, 2006

Escola... não sais da minha cola!
Venham o sossegos que vierem não admito passar um Verão sem me estender uma vez que seja na praia da Nazaré. Já preparada para enfrentar um desmaiado e resignado sol de final de Verão sigo com alguma pressa rumo à beira mar. Já ai e depois de me ter banhado em águas salgadas, acontece que subitamente reparo que uma rotina já muito gasta invade outra, numa enxorrada de capa e batina e grunhidos mal dados, no meio de um propósito que desconheço.
O que é que esta gente vinda não sei de onde estava aqui a fazer?




É caso para repetir: Gandas Cagões ...Foda-se!
Que nos valha a piada!

quarta-feira, setembro 06, 2006

Na outra margem.

Quando avistei ao longe o mar, ali fiquei parada a olhar, e nada fiz para o apanhar. Deixei-o na sua paz ficar e assim acomodada me deixei andar, em vez de aproveitar o subtil e veraneante movimento que me permitia nas suas aguas entrar e finalmente a paz encontrar.
Porque ignorar assim uma oportunidade que entra de rompante pela porta, só pela preguiça, ou quem sabe cansaço, de esticar um braço para a apanhar. Cansei-me. Cansei-me de mim de vez. Não me tolero. Nem me suporto. Espreita-me mais um ano de submissão ao trabalho, sem espaço para me olhar, e finalmente me namorar. Admiro e desejo o Narcisismo, que em mim se desfaz em egocentrismo, e todo um carisma perde, o carisma de quem com coragem ama.
Quando acabarei isto?
Receio a onda de meses gélidos de desinteresse e de perversa banalidade, que invadem um eu que morre a cada passo de rotina.
Espero com mais ancia do que aquela que já me consome por não encontrar um rumo, que encontre um caminho finalmente por estes últimos dias.

Bem haja caramba!

TENHO MEDO DO ESCURO! TENHO MEDO DOS FANTASMAS DA MINHA VOZ!





Estará após este descer das escadas que me assusta uma resposta?

Alcobaça porque te dizem seres desgraça?

Pois bem, mais um dia conto no calendário de aperto rumo ao novo ano escolar, e nada melhor para desanuviar do que recordar o meu berço por eleição...ou sorte: Alcobaça.
No meio de uma lavagem às memórias que confesso ter-me chocado de início, porque afinal muitas são as vezes em que o gosto está dependente do hábito, recordei mais uma vez todo um viver de adolescência em felicidade e euforia, que marca fortemente a minha curta passagem pela vida. É verdade tudo passa, tudo tem um principio e um fim, e quase de propósito se fez esta intervenção a Alcobaça para arrancar de mim de uma vez a melancolia de um tempo perdido, de algo que já só vive na minha memória. Hoje receio andar nas ruas e ter a certeza que não encontrarei sombra dos meus acompanhantes da altura, e mais receio ainda que as suas memórias não os levem até mim. Um dia me convencerei que embora tudo passe não significa que isso me desgrace. Talvez um dia.

Enfim, nisto, já de espírito lavado digo: Belíssima intervenção, agora sim "Alcobaça é Mosteiro", e não "Alcobaça tem Mosteiro"...segundo muitos olhares isto é um pecado de Gonçalo Byrne, mas lamento mais uma vez ser do contra e dizer que finalmente alguém se lembra que algo tão belo como o Mosteiro de Alcobaça, não deve ser tratado como algo periférico à cidade mas sim como algo que lhe dá uma identidade, já que teoricamente ninguém o tinha coragem de negar, mesmo estando este em volta de um parque de estacionamento, o que desvanecia o propósito da verdadeira força atractiva.
E face à clareza de um Monumento que se abre em praça, que nos dá a força e plenitude de algo que esteve submerso em confusão, pergunto se subir-se um degrau não é a confirmação de que Deus escreve certo por linhas tortas, e assim atrás de um erro humano nos diz que para cima é que está a virtude! Subiu-se um degrau caramba! E ainda para mais desenterrou-se o Mosteiro que se mostrava manco desde 1755! Acho que dizer que não se gosta é apenas a pura vaidade de rejeitar algo que na realidade nos ultrapassa e sabemos não ter bagagem para adoptar.
A intervenção foi sem dúvida feliz, de alguém que se lembra que temos finalmente que dar graças a Deus por termos tantas coisas de que nos pudemos valer! Palavras para quê?

Vai uma pequena mostra?












Depois da grande intervenção até se abre finalmente as portas com decisão! LOL





sábado, setembro 02, 2006

Ao Crepúsculo...
O tempo parou, e nada mudou, e a noite caiu, e a lua sorriu, e o fogo acendeu, e a porta bateu, e o tempo passou, e o amor não voltou!
Alguém me diga por favor onde está o meu amor, que cada vez mais emaranhado está no ninho sem jeito que crio. Sempre que olho para trás a minha sombra esconde-se na frente, e sempre que estou no caminho certo, algo acontece e coloca-me no meio do deserto.
Estou farta desta busca sem fim, que apesar de ser um desafio, evolui de passo para trote, e de trote para galope, sem dó da minha pouca resistência, pois parte para uma meta indefinida, que não vê formas nem traços de um fim. Será eterna esta busca desmesurada e insatisfeita de um "eu" em vias de formação e com medo da extinção? Apago-me a cada passo, pois julgo que nas grandes investidas se encontra o caminho. Por vezes acordo, e uma voz vinda do fundo das minhas vísceras me diz que no outro só se encontra submissão e desassocego, e não a assunção da minha identidade. Cuidado não deve ser pouco, pois o que está em causa é a minha estabilidade. Há anos que não a encontro, e quando a julgo ter perto, tudo se perde, tudo fica para uma outra vez. Só Deus sabe como anseio encontrar-me, e o quão dificil se afigura tal conquista.
De uma coisa não me poderei queixar: Vivo intensamente, e levo a razão a rojo, sem lhe dar ouvidos, mas lamento não ter resistência suficiente para na hora H me atirar de cabeça. Não é a razão que me puxa para trás...mas apenas o medo, e é isto que na hora de me olhar ao espelho me põe desiludida.
Acabou o Verão e nada foi decisão. Lamento. Será que ainda estou a tempo?