terça-feira, janeiro 31, 2006



Mais um dia indiferente a mim...

Lamento lamentar-me, e lamento lamentar o que lamento, mas já se instalou crónicamente na minha forma doente de me ver, pequena como uma criança rodeada de paredes que assumem termino em tectos de pé direito alto. Anseio por me conseguir imaginar num país das maravilhas, como as Asturias, e ver todas as metas, até agora no icone iniciar, como o outro lado de uma ponte que ostenta jardim nas duas margens... não pedindo no entanto a companhia da Alice. Infelizmente tenho a característica de desanimar com coisas simples, e a felicidade de com coisas tão simples me alegrar. A rotina transtorna-me, mas as ondas que nela por vezes se criam também me perturbam, e com isto me sinto uma boneca de porcelana, talvez a precisar de mais uns anos a encher copos atras de um balcão, à espera que alguém os reuna para no fim despejar um balde sobre mim.

Ás vezes sinto-me frivola e louca por sentir e sonhar com coisas pequenas que me dispersam, e me afastam da síntese que a vida realmente é.

Falta-me o queijo fresco, em que ontem investi desesperadamente com o garfo e com a faca. O Capuccino (sem açucar) que esgotou devido ao novo anúncio que passa na tv, e que me lembro com carinho, pois este pequeno nada fez-me esbuçar ontem um sorriso, quando olhei para a prateleira do supermecado e a vi vazia, sorriso do qual à muito sentia saudades.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Devido a um incontrolável desejo de gula, em plena pastelaria D.Infante, redimindo-me a um chá de limão, e no contexto de uma dieta interminável e mal conseguida, surge a ideia, no meio do vazio e olhando para umas fotos de semi-frios, de fazer a apresentação do Cone de Revolução (para geometria descritiva) que me coube em sorteio (o facto de não ter nada de novo para contar não foi escolhido) mostrando o processo de feitura de um bolo (em filme) que tomaria a forma de um cone de revolução. O resultado de hoje foi satisfatório (desconheço a nota) graças ao bolo que foi oferecido no final da apresentação, já duro, mas o chocolate esteve, invulgarmente (relembro o contrato de peso com a balança), do nosso lado e salvou-nos das contrariedades, que no meio da coisada toda pouco importaram.
Aqui ficam algumas imagens da nossa (minha e da Isabel Valentim) mini aventura:

.Eixo e geratriz que forma a surperficie
.Componente da superfície

.Componentes da superfície.

. Formação do cone.

.Depois da ida ao forno aqui está ele!

Apesar da dureza do cone, foi todo aproveitado, por isso o desejo de um "Bom apetite" fica para a proxima que nos lançar-mos ao forno, pois prometo que não me esquecerei de vocês!

Inté!

domingo, janeiro 29, 2006

Hoje ao meio dia toca o telemóvel. Atendo. "Estremunhada" ouço do outro lado a bizarra notícia de que na Nazaré estava a nevar. Só me lamentei e invejei o facto, visto encontrar-me na Covilhã e só nevar aqui em "ano bissexto", além de que, sentir lá a neve, saberia a gelado de baunilha. Que este post não soe a estranho, pois desde à muitos anos não baixava a temperatura a ponto de nevar na minha santa terrinha, logo isto está longe de ser uma tradição.

Inté
"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos."
Eduardo Galeano

Com isto já interiorizado, necessito de aprender a dar passos à luz, e deixar a escuridão de lado, para o pôr em prática.


Naufrago, Acrilico e óleo s/Tela

Novembro de 2004

Mais um quadro à volta da Vila da Nazaré. Desta vez pretendo traduzir em minha linguagem o sofrimento, mais do passado do que dos dias de hoje, da Mulher da Nazaré.

Feito para presentear alguém...


Lenda da Nossa Senhora da Nazaré
Acrilico s/tela
Março 2002

A propósito de um mês a quatro pernas (duas de alumínio) , fugi da tradicional pintura caneta sobre gesso, e descobri o meu hobbie agora prioritário ao simples prazer de nada fazer, que constituiu para mim um "milagre", para o qual juro não ter pedido ajuda à santa, pois devo acrescentar que acreditava não ter uma única veia inclinada para este lado.
Como me encontrava pouco crente, e desanimada com a minhas dores carnais, fiz descer à terra Nossa Senhora, tomando a pele de uma mera "Mulher da Praia", a qual chora pela desventuras de seu marido no mar, como é tão marcante na história piscatória da Nazaré.
Depois foco-me no que realmente desperta curiosidade, e faço aparecer duas patas de cavalo, onde uma salva a outra de cair sobre as alturas atrás de um veado que seria o demónio, tal como reza a história, e para a qual D.Fuas Roupinho também rezou para que se transformasse em milagre, não em Lenda.

Valeu o 3º prémio no Concurso Literário, Artístico e Multimédia Antiguidade da Sagrada Imagem da Nossa Senhoa da Nazaré, promovido em 2002 pelo Arquivo Histórico da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Pois é, mais um blog. No mundo da blogomania já tudo é admissível e quase nada é pertinente, por isso, me permito mostrar-me um pouco neste espaço, talvez por querer ter o que os outros vivem, por desejar inserir-me em mais alguma coisa, ou quem sabe, não seja mais que mais um desejo ligado à necessidade de afirmação (nada que não esteja interligado). Neste momento aceito-me com a minha falta de vontade para estudar geometria, em férias para exames, e com uma enorme determinação/insegurança a escrever aqui. Espero, sem grandes expectativas, fazer disto algo mais que um diário sem pudor, mas não conto arquear as sobrancelhas a ninguém.


Já corada espero por outro dia com mais sementes para lançar.



Até Breve