sábado, julho 25, 2009

Avignon

É um erro crasso julgar que Avinhão se reduz a Picasso.
Nas suas viscerais muralhas se confirma as senhoras de Avinhão na sua Zone Rouge sem coração.
Pelas entranhas da cidade se exibem cartazes que se julgam enfeites em dias fugazes de agitação e festa devido a festival sobre tudo o que se achem capazes.
Como pecado seria usar cola em paredes cuidadas faz-se da publicidade literatura de cordel fazendo da anarquia ponte para a poesia.
Depostos os papas ficam as imperiosas recordações das artes que trazem gentes curiosas detodas as partes, com enfado de salas vazias em que vozes em desordem num phone nos lembram que a mesa mais pequena não é só para o rei, e tudo acaba com um sorriso desenhado num livro de visitas que mostra que por ali passei.











































































1 comentário:

groze disse...

Sabes, gostava de ter palavras para o espanto e o encanto que me provocam as tuas descrições de Avignon, Barcelona e Zaragoza, mas não me parece que tenha. Por isso, calo-me, e delicio-me, apenas, a ler-te.

Maravilhosos textos. Gostava de ter ido contigo.