Alcobaça porque te dizem seres desgraça?
Pois bem, mais um dia conto no calendário de aperto rumo ao novo ano escolar, e nada melhor para desanuviar do que recordar o meu berço por eleição...ou sorte: Alcobaça.
No meio de uma lavagem às memórias que confesso ter-me chocado de início, porque afinal muitas são as vezes em que o gosto está dependente do hábito, recordei mais uma vez todo um viver de adolescência em felicidade e euforia, que marca fortemente a minha curta passagem pela vida. É verdade tudo passa, tudo tem um principio e um fim, e quase de propósito se fez esta intervenção a Alcobaça para arrancar de mim de uma vez a melancolia de um tempo perdido, de algo que já só vive na minha memória. Hoje receio andar nas ruas e ter a certeza que não encontrarei sombra dos meus acompanhantes da altura, e mais receio ainda que as suas memórias não os levem até mim. Um dia me convencerei que embora tudo passe não significa que isso me desgrace. Talvez um dia.
Enfim, nisto, já de espírito lavado digo: Belíssima intervenção, agora sim "Alcobaça é Mosteiro", e não "Alcobaça tem Mosteiro"...segundo muitos olhares isto é um pecado de Gonçalo Byrne, mas lamento mais uma vez ser do contra e dizer que finalmente alguém se lembra que algo tão belo como o Mosteiro de Alcobaça, não deve ser tratado como algo periférico à cidade mas sim como algo que lhe dá uma identidade, já que teoricamente ninguém o tinha coragem de negar, mesmo estando este em volta de um parque de estacionamento, o que desvanecia o propósito da verdadeira força atractiva.
E face à clareza de um Monumento que se abre em praça, que nos dá a força e plenitude de algo que esteve submerso em confusão, pergunto se subir-se um degrau não é a confirmação de que Deus escreve certo por linhas tortas, e assim atrás de um erro humano nos diz que para cima é que está a virtude! Subiu-se um degrau caramba! E ainda para mais desenterrou-se o Mosteiro que se mostrava manco desde 1755! Acho que dizer que não se gosta é apenas a pura vaidade de rejeitar algo que na realidade nos ultrapassa e sabemos não ter bagagem para adoptar.
A intervenção foi sem dúvida feliz, de alguém que se lembra que temos finalmente que dar graças a Deus por termos tantas coisas de que nos pudemos valer! Palavras para quê?
Vai uma pequena mostra?
Pois bem, mais um dia conto no calendário de aperto rumo ao novo ano escolar, e nada melhor para desanuviar do que recordar o meu berço por eleição...ou sorte: Alcobaça.
No meio de uma lavagem às memórias que confesso ter-me chocado de início, porque afinal muitas são as vezes em que o gosto está dependente do hábito, recordei mais uma vez todo um viver de adolescência em felicidade e euforia, que marca fortemente a minha curta passagem pela vida. É verdade tudo passa, tudo tem um principio e um fim, e quase de propósito se fez esta intervenção a Alcobaça para arrancar de mim de uma vez a melancolia de um tempo perdido, de algo que já só vive na minha memória. Hoje receio andar nas ruas e ter a certeza que não encontrarei sombra dos meus acompanhantes da altura, e mais receio ainda que as suas memórias não os levem até mim. Um dia me convencerei que embora tudo passe não significa que isso me desgrace. Talvez um dia.
Enfim, nisto, já de espírito lavado digo: Belíssima intervenção, agora sim "Alcobaça é Mosteiro", e não "Alcobaça tem Mosteiro"...segundo muitos olhares isto é um pecado de Gonçalo Byrne, mas lamento mais uma vez ser do contra e dizer que finalmente alguém se lembra que algo tão belo como o Mosteiro de Alcobaça, não deve ser tratado como algo periférico à cidade mas sim como algo que lhe dá uma identidade, já que teoricamente ninguém o tinha coragem de negar, mesmo estando este em volta de um parque de estacionamento, o que desvanecia o propósito da verdadeira força atractiva.
E face à clareza de um Monumento que se abre em praça, que nos dá a força e plenitude de algo que esteve submerso em confusão, pergunto se subir-se um degrau não é a confirmação de que Deus escreve certo por linhas tortas, e assim atrás de um erro humano nos diz que para cima é que está a virtude! Subiu-se um degrau caramba! E ainda para mais desenterrou-se o Mosteiro que se mostrava manco desde 1755! Acho que dizer que não se gosta é apenas a pura vaidade de rejeitar algo que na realidade nos ultrapassa e sabemos não ter bagagem para adoptar.
A intervenção foi sem dúvida feliz, de alguém que se lembra que temos finalmente que dar graças a Deus por termos tantas coisas de que nos pudemos valer! Palavras para quê?
Vai uma pequena mostra?
Depois da grande intervenção até se abre finalmente as portas com decisão! LOL
2 comentários:
Quando ainda os trabalhos de intervenção decorriam, também tive de início a ideia que iria resultar demasiado árido, pois estava habituada às frondosas árvores que envolviam a praça. Hoje reconheço que estas até tapavam parte das fachadas laterais do Mosteiro. Agora depois de concluídas as obras, reconheço que a pouco e pouco vou gostando cada vez mais da intervenção,tendo que reconhecer que Alcobaça ganhou sem dúvida nenhuma um local calmo e aprasível tendo o Mosteiro ganho sem dúvia, outra dimensão.
Quanto ao Arquitecto G.Byrne,mais uma vez nos apresentou um trabalho,e cito,"com uma linguagem formal rigorosa e simples, que é desprovida de ostentação e satisfaz da melhor maneira as suas refinadas técnicas compositivas".
O acervo cultural é sempre um acervo de história.
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