Tudo muda em pouco tempo…tudo muda por reminiscências do acaso, não é de todo necessário o acaso de corpo inteiro.
Neste momento invade-me a ideia de que já não sou capaz de escrever com veracidade, pois a convivência e balbúrdia emocional, esta felicidade ou contentamento absurdo, e quem sabe…efémero, cega-me, destitui-me de clareza de ideias, ou antes absorve-me em preguiça. Em parte assusta-me, em parte compreendo. Já não estou só comigo e perdi o tempo para escavar ideias, perdi o tempo para minhoquices, e dei lugar à experimentação.
Neste últimos dias apercebi-me novamente da assunção voluntária de sentimentos em mim, da libertação de códigos e convenções que me limitavam, me apagavam na indiferença, minha por mim, e me constrangiam em rotina. Os bons sentimentos expressos trazem cor e movimento à vida, e não devem ser omitidos, mesmo que por falta de coragem…deve-se enfrentar essa falta, para se puder ter a sensação divina de se ter agido positivamente, esquecendo as consequências, essa obsessão diabólica que nos amestra, castra, mata, ganhando-se pelo acto. A consequência é apenas complementar.
Não se possui inteligência emocional ao ocultar-se sentimentos, isso é apenas cobardia, e sim inteligência emocional pode-se inclusive expressar através da sua mostra, revelando-se na maneira como estes são mostrados, com ou sem beleza, com ou sem elegância, com ou sem brilho de coragem…que acompanha o acto.
Pode-se acusar de estupidez, o esconde esconde de tumulto interno, que apesar de todo o disfarce, transborda, se mostra na sua forma mais hedionda e pequena, porque por azar nos saiu, passando do belo ao cómico.
Agradeço a coragem, ou orgulho, para assumir os mais envergonhados sentires.
Neste momento invade-me a ideia de que já não sou capaz de escrever com veracidade, pois a convivência e balbúrdia emocional, esta felicidade ou contentamento absurdo, e quem sabe…efémero, cega-me, destitui-me de clareza de ideias, ou antes absorve-me em preguiça. Em parte assusta-me, em parte compreendo. Já não estou só comigo e perdi o tempo para escavar ideias, perdi o tempo para minhoquices, e dei lugar à experimentação.
Neste últimos dias apercebi-me novamente da assunção voluntária de sentimentos em mim, da libertação de códigos e convenções que me limitavam, me apagavam na indiferença, minha por mim, e me constrangiam em rotina. Os bons sentimentos expressos trazem cor e movimento à vida, e não devem ser omitidos, mesmo que por falta de coragem…deve-se enfrentar essa falta, para se puder ter a sensação divina de se ter agido positivamente, esquecendo as consequências, essa obsessão diabólica que nos amestra, castra, mata, ganhando-se pelo acto. A consequência é apenas complementar.
Não se possui inteligência emocional ao ocultar-se sentimentos, isso é apenas cobardia, e sim inteligência emocional pode-se inclusive expressar através da sua mostra, revelando-se na maneira como estes são mostrados, com ou sem beleza, com ou sem elegância, com ou sem brilho de coragem…que acompanha o acto.
Pode-se acusar de estupidez, o esconde esconde de tumulto interno, que apesar de todo o disfarce, transborda, se mostra na sua forma mais hedionda e pequena, porque por azar nos saiu, passando do belo ao cómico.
Agradeço a coragem, ou orgulho, para assumir os mais envergonhados sentires.
3 comentários:
Adorei o teu poste.
O amor, a coragem e o heroismo, são sentimentos que se apropriam de nós em determinadas circunstâncias da vida. São todos sentimentos que não podemos exigir nem aos outros nem a nós mesmos.
Pegando por exemplo na coragem ou mesmo no heroísmo: Ninguém tem autoridade moral para exigir de outro um comportamento corajoso ou heróico. Cada um de nós tem essa obrigação, não porque outros lho peçam ou censurem se o não o fizer, mas porque as próprias circunstâncias da vida lho pedem; pede-o sobretudo a dignidade humana.
Em primeiro lugar, e conspurcando o teu texto com as minhas palavras completamente descontextualizadas e inoportunas, comento como quem não quer a coisa a tua pequena obra de carácter genial.
O facto de tudo mudar com o tempo, faz com que nos questionemos acerca da vida e de tudo o que nos rodeia, fazendo desta relatividade temporal (variando de sentir para sentir), algo com a qual nos damos não muito bem, mas também não muito mal. O certo é que, quando começa, e falando daquele bixo chamado 'sentimento', nos faz sentir muitas vezes bem, cegando-nos e destituindo-nos a clareza de ideias, como dizes. A Verdade é que é verdade que não deve ser omitido mesmo que por falta de coragem e, aqui te informo que, para além de gostar muito de poucas omissões, sou exacerbadamente apologista de que agradeças a 'coragem, ou orgulho, para assumir os mais envergonhados sentires.'
Em segundo, gostaria de te felicitar pela maneira como escreves as coisas. De uma forma tão crua mas tão delicada, onde o teu carácter incisivo bate em coisas tão simples como os sentimentos, consegues de uma forma subtil, conjugar um discurso absolutamente excepcional com sensações que todos gostaríamos de compreender e que por vezes nos passam ao lado.
Obrigada Gonçalo, és um qarido pá!
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