A vaca de fogo.
"Á porta daquela igreja vive o ser tradicional", o erro é criado num momento fugaz que é partilhado por milhares de pessoas simultaneamente: "Sou diferente", "estou rodeado de gente, mas estou só". Isto é só prejudicial para as almas que assim se julgam, apenas com sombra, não se lembrando que a sombra não existe sem luz, e esta por sua vez é essencial para que a nossa existencia se cumpra. Isto já é uma dependência cumum, ora as outras adivinham-se aos milhares...indago eu!
Mas "à porta daquela igreja vai um grande corropio" , talvez porque seja noite de lua nova, e não haja uma sombra surrealista que lhes fale das semelhanças tão espalhafatosamente evidentes, e "dão-se as voltas da canalha" em volta de uma fogueira que os une e por momentos a sombra nasce atrás das costas, sendo naturalmente atirada para o esquecimento . Hoje relembrei, julgando ajudar. Depois de dar "7 Voltas" e de olhar para muitas 7 saias, "ai voltas", levaram-me a casa, onde me permiti escutar. Relembrei. Aos 14 tinha os outros como acessorios, não como parte essencial da existência, aprendia sobre senso cumum em filosofia mas discordava disparatadamente nos testes. Teimosia inconsciente. Recusava a comunicaçao...falava sozinha e para mim. Em suma...era mais egocêntrica do que sou...aos vinte pesa já uma consciência do estar com o próximo ..."ser" graças a alguém....em conjunto com um todo. A minha amiga diz ter uma presente relação mais leve que uma miragem, mas no entanto tão preocupante como uma alucinação, com alguém tão imprevisivel e despreocupado, que não lhe dá segurança sequer para criar uma imagem minimamente fiável. Eu compreendo essa atitude. Pois eu, à distancia de alguns anos, relembro-me como uma rapariga que coleccionava atributos....um namorado, era mais um. E arruamava momentos, dir-se-ia que era organizada dentro do caos. No entanto tinha presente que o "clic" que tivesse de se dar para me travar, não seria oferecido nem trazido por outrém, era antes uma invenção minha. MAS NÃO MAIS QUE UMA INVENÇAO. Pois o amor apaixonado é apenas uma reação hormonal...uma ilusão dos instintos. O motor da procriação. Ou quem sabe, uma tentativa de inserção social. Porque "já idade" "porque todos os meus amigos já olham e pensam assim" ...nada que outro clic, o do tempo, não resolva também. Diria que é quase o voltar à consciencia adolescente, mas com mochila às costas, em que se adquire o outro com um companheiro já não carregado com o fardo de nos satisfazer plenamente, mas confesso que não caio no extremo de pensar que só é viável acreditar que este é o projecto de uma velhice mais aconchegante. Enfim. Tanta coisa para concluir ( "às volta de uma coisa velha vai uma grande confusão") que no "pré" e no "pós" ilusão me assemelho ao mais recente amigo da minha tão mais que armazenada amiga Cátia.
"Á porta daquela igreja vive o ser tradicional", o erro é criado num momento fugaz que é partilhado por milhares de pessoas simultaneamente: "Sou diferente", "estou rodeado de gente, mas estou só". Isto é só prejudicial para as almas que assim se julgam, apenas com sombra, não se lembrando que a sombra não existe sem luz, e esta por sua vez é essencial para que a nossa existencia se cumpra. Isto já é uma dependência cumum, ora as outras adivinham-se aos milhares...indago eu!
Mas "à porta daquela igreja vai um grande corropio" , talvez porque seja noite de lua nova, e não haja uma sombra surrealista que lhes fale das semelhanças tão espalhafatosamente evidentes, e "dão-se as voltas da canalha" em volta de uma fogueira que os une e por momentos a sombra nasce atrás das costas, sendo naturalmente atirada para o esquecimento . Hoje relembrei, julgando ajudar. Depois de dar "7 Voltas" e de olhar para muitas 7 saias, "ai voltas", levaram-me a casa, onde me permiti escutar. Relembrei. Aos 14 tinha os outros como acessorios, não como parte essencial da existência, aprendia sobre senso cumum em filosofia mas discordava disparatadamente nos testes. Teimosia inconsciente. Recusava a comunicaçao...falava sozinha e para mim. Em suma...era mais egocêntrica do que sou...aos vinte pesa já uma consciência do estar com o próximo ..."ser" graças a alguém....em conjunto com um todo. A minha amiga diz ter uma presente relação mais leve que uma miragem, mas no entanto tão preocupante como uma alucinação, com alguém tão imprevisivel e despreocupado, que não lhe dá segurança sequer para criar uma imagem minimamente fiável. Eu compreendo essa atitude. Pois eu, à distancia de alguns anos, relembro-me como uma rapariga que coleccionava atributos....um namorado, era mais um. E arruamava momentos, dir-se-ia que era organizada dentro do caos. No entanto tinha presente que o "clic" que tivesse de se dar para me travar, não seria oferecido nem trazido por outrém, era antes uma invenção minha. MAS NÃO MAIS QUE UMA INVENÇAO. Pois o amor apaixonado é apenas uma reação hormonal...uma ilusão dos instintos. O motor da procriação. Ou quem sabe, uma tentativa de inserção social. Porque "já idade" "porque todos os meus amigos já olham e pensam assim" ...nada que outro clic, o do tempo, não resolva também. Diria que é quase o voltar à consciencia adolescente, mas com mochila às costas, em que se adquire o outro com um companheiro já não carregado com o fardo de nos satisfazer plenamente, mas confesso que não caio no extremo de pensar que só é viável acreditar que este é o projecto de uma velhice mais aconchegante. Enfim. Tanta coisa para concluir ( "às volta de uma coisa velha vai uma grande confusão") que no "pré" e no "pós" ilusão me assemelho ao mais recente amigo da minha tão mais que armazenada amiga Cátia.
Um Abraço.
Adoro Madredeus
1 comentário:
Sabe-me bem ler-te.Fizeste clic na minha cabeça.Grr,queria dizer mais alguma coisa mas fiquei a pensar em demasia e agora nao sai nada...
P.S. "É sempre bom quando se identificam conosco"
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