sábado, julho 05, 2008

Dias, semanas passaram.
Todas as recordações vêm de longe perdem-se no caminho. Mas, agonizada, gostava dessas horas sombrias com sabor de Invernos longos, de lume no fogão.
Tudo mudou não tendo nada a ver como o Verão que começou.
Deito-me e acordo em sossego, não tendo o peso da necessidade de prova, não tendo o peso da necessidade de convívio com outros para me restabelecer dos meus azares, das minhas introspecções que me agonizam. Criei o antídoto para o meu pensamento crítico, olhando-o no entanto com respeito, e frieza necessária à sua satisfação, e principalmente à minha paz estável e incontestável de espírito.
Finalmente consegui arrumar o destabilizado. A Cura reside somente no sabor da longínqua hora de infância, que julguei para nunca mais: doce poção de uma alegria sem razão.




1 comentário:

Anónimo disse...

Não há razão para termos medo das sombras. Apenas indicam que em algum lugar próximo brilha a luz.

(Ruth Renkel)