sexta-feira, junho 13, 2008

A mim, tudo desaparece quando passa. Infelizmente.
Infelizmente, quando olho ao espelho não me sei ver valor, e isso viabiliza sentir-me entre a espada e a parede quando me apontam o dedo.
Como ultrapassar isto…? Como ultrapassar o desrespeito que criei por mim, nestes últimos 4 anos, e que me tem posto o coração nas mãos?
Os olhos ardem, e a cabeça ferve. Estou farta que não assumam os seus erros, estou farta de conveniências do ego alheio, não havendo respeito pela sua verdade, não havendo compromisso entre assunção de desagrados e coragem de os remediar, não tendo em conta mundo em redor, e de que não haja consciência que o seu ego é um nada que só existe, com alguma esperteza, havendo cordialidade com o próximo.
Como ousam criticar-me por me analisar constantemente afirmando, ser eu, egocêntrica, se tudo se justifica quando sei posicionar correctamente o meu eu perante os outros, pois conheço as minhas falhas melhor do que ninguém, sendo eu a primeira a apontá-las…
Fazem-no e não se pensam, não se analisam, não julgam o que fazem…têm para consigo que não erram, ou se têm…querem que os outros vendem os olhos face à sua sombra. Na realidade não estão bem para consigo…assim nunca estarão bem para com os outros…se não se conhecem a si como podem conhecer o outro? Se não se vergam à sua evidência, como podem escapar ao caos?
Conhecer-me a mim é conhecer o próximo? Estamos todos intrinsecamente ligados por um laço de Espécie, como negar semelhanças básicas no que toca ao existencialismo, ainda mais... havendo a realidade em comum?
Lá vem aquele ditado, que é qualquer coisa como: “ Só amarás, quando te amares a ti mesmo”.
Amar, não é olhar simplesmente a sua imagem …é saborear o que se é, é conhecer e aceitarmo-nos com os nossas virtudes, e principalmente com os nossos defeitos, é darmo-nos ao respeito, se é que queremos que o respeito por nós valha qualquer coisa.
No meio disto, digo, só não me respeito…porque não me vejo, submetendo-me constantemente a conveniências e caprichos de outrem, o que também não é positivo.
Desaprendi de ver o que tenho de bom, ou o que tenho de bom, não faz peso aos meus olhos face à necessidade que tenho de melhorar-me, coisa que me faz ver constantemente erros meus até ao simples capricho dos outros em mos apontarem.
Tenho de definir para mim o que é permissível e saber posicionar-me para que seja cumprido.


1 comentário:

Anónimo disse...

Por saturação, o excesso de crueldade alimenta a indiferença e a desatenção, e de resto ninguém poderia suportar a vida se não conservasse em si um calo de indiferença.Por isso aconselho-te a indiferênça, ela dá-nos sempre o dominio da situação.