sábado, maio 10, 2008

“Porque tenho eu frieiras se nunca tiro as luvas”.
O relógio no Infante dá as batidas, mesmo adjacente a mim, num silêncio pontual, que resulta do 13 de Maio ou das queimas noutras cidades. Deixo de fazer os deveres já pendentes e enrolo-me cada vez mais na inércia, que ontem no meio de macas, bancos e garrafas de soro se deu como tensão baixa, haja ou não boa alimentação, muito café ou sal. Antes isso que preguiça…Preguiça não é curável.
Isto aliviou-me e enquanto me agarrava a um telefone público para chamar táxi, tive um prazer imenso na minha falta de companhia, no meu azar, e nas minhas sucessivas odisseias com a saúde. Tive prazer no silêncio depois da amena expectativa, na ilusão de independência, dadas a circunstâncias… nestas situações, quase sempre solitária, devido ao disfarce, e de me julgar sempre menos mal do que estou. Regozijo-me ardentemente de me erguer sem apoio depois da tempestade. Sempre tive oportunidades neste ponto, pois nunca me iludi com a dor.

2 comentários:

Anónimo disse...

Espero que essa tua tendencia para a tensão baixa (genética), seja utrapassada com a medicação, para que a genica necessária espreite.No entanto não deves descurar uma alimentação variada, nunca esquecendo os legumes e os hidratos de carbono.
Quanto ao prazer da "solidão"...Quando esta é circunstâncial, é quase sempre muito saborosa, desde a pessoa esteja bem consigo mesma. E já que se esta a falar de solidão, apetece-me divagar e acrescentar que é também fácil viver no mundo em conformidade com a opinião dos outros; é também fácil viver de acordo consigo próprio na solidão; mas o dificil, é aquele que, no meio da turba, mantém, com perfeita serenidade, a independência da solidão. E acho realmente que o que a pouco e pouco tens conseguido, é conquistar essa independencia, dai o real prazer da solidão em qualquer circunstância.

Anónimo disse...

és mto estrnha lia! enfim, gostas da solidao! a minha pergunta quantos naos mais vias continuar assim?