sábado, junho 23, 2007




Tudo desvanece, quem diria, até o mal, apesar da sua teimosia.
4 anos se passaram com a alma completamente perdida num labirinto sem a companhia da Alice, e com muitas lágrimas. Encontrava-me só de mim, e talvez ainda esteja um pouco perdida, não em sensações, como há uns tempos, mas em posições, que reclamam um estatuto definitivo.
Ter a certeza da efemeridade de tudo, de como tudo é insignificante, abre-me horizontes, e planta em mim grandeza de posições, atitudes e opções…não que seja coragem, pois tudo advém de mim com a naturalidade de um afazer que mora no hábito, não que seja caso para se dizer que graças ao hábito toda a atitude passa a natural, não, é necessária abstracção e consciência. Tendo isto dispensa-se a tão difícil coragem.
Coragem, não é quando enfrentamos posições alheias, mas sim quando, conseguimos criar dentro de nós uma verdade, contra todo o lixo já mecanizado por uma sociedade de conveniência, pois guerreamos com a nossa biologia. Feliz ou infelizmente somos como formigas…e ter essa consciência torna-nos maiores do a fisiologia permite.
Coragem é acreditar-mos numa verdade válida num meio, ainda que diferente do que se impõe. Coragem…é gostar-mos de nós mesmos, não pela correspondência que fazemos com os pressupostos sociais, mas pela existência de ideais que tudo isso batem, e que para o nosso corpo, apesar de uma certeza mental, é difícil adquirir. Sei, como sei, que não o é difícil para os outros, pois uma atitude, ainda que estrambólica, se for brilhantemente assumida, soa a coragem, mesmo que desta não se trate, e é admirada e amada como tal. Um exemplo de erro, engano, que é conveniente, lol.
Começo a encontrar o meu caminho da felicidade, que nunca foi conformista, desde que nasci, e me lembro.




1 comentário:

Anónimo disse...

Querida
Como fiquei feliz ao ler este teu poste. E como me revejo em algumas das tuas palavras. Fiquei em especial feliz, porque não estás à procura da tua felicidade em vão... diria até que já a encontras-te,pois quando dizes "ter a certeza da efemeridade de tudo, de como tudo é insignificante, abre-me horizontes, e planta em mim grandeza de posições, atitudes e opções…" tiro daí a minha certeza.