quarta-feira, dezembro 20, 2006

Nestes últimos dias senti uma solidão nítida, e fria, no seu modo de se mostrar. Mas… a favor da minha saúde mental e paz de espírito, está o meu sentido de análise critica, que com o retomar do respeito por mim mesma, voltei a dispor.
Há tempos, tudo o que me assombrava, se passava de modo desagradável e gélido, chegando a enegrecer as extremidades do meu corpo, julgava ter origem…fonte em mim. Eu era a culpada.
Nada em dada situação transcendia a liberdade do meu campo de acção, não que sentisse controlo sobre ele, não, ao contrário, sentia como se a resolução me estivesse nas mãos…e eu a deixasse escapar por entre os dedos.
Ao largar o sofrimento gratuito que me consumia os sentidos, a obsessão que me fazia minguar, as coisas ficaram claras, e sinto tudo agora à luz de uma emotividade resguardada por um pré-requesito de análise. E mesmo que este não me traga tranquilidade, e me aponte culpa, certamente encontrarei refúgio à sombra de algo em mim que recompense…espero é que o meu volátil temperamento não se lembre de destruir tudo de que me fiz rodear, e que, a meus olhos, me dá alguma credibilidade existencial.


5 comentários:

Anónimo disse...

bela conclusão esta, que é tão tua...

cumprimentos!

Anónimo disse...

POooooooooooorrrrrrrA!!Complicadinha.

Anónimo disse...

O sofrimento possui um grande poder educativo: faz-nos melhores, mais compreensivos, mais capazes de nos recolhermos em nós mesmos e persuade-nos de que esta vida não é um mero divertimento, mas sim uma dádiva e uma espécie de dever a cumprir.

Anónimo disse...

o sofrimento não possui poder curativo. Ideia absolutamente errada. A relação que tu tens com o sofrimento, o modo como ele vem a ti, o modo como tu o olhas, a tua linguagem gestual perante ele, o teu ponto de vista, e mais importante a tua resiliência. Isto sim vai determinar se creces ou regrides perante tal sentimento que não desejo a ninguém. Saliento, o sofrimento é diferente de tristeza, angústia, e dor. Todas do mesmo todo, mas todas com partes diferentes. Ou será que querias dizer solidão optativa?

CoaBreca disse...

Não. Não é optativa, mas no texto não refiro nada que se relacione com curativo.

cumprimentos