Covão D’Ametade…
Nesta fase, o esboceto, é-nos pedido que façamos a sugestão de um espaço arquitectónico para um lugar na Serra da Estrela, estando a dificuldade, a meu ver, ligada com a relação entre um novo objecto que surge num espaço já com carácter definido, e extremamente belo, e quando a beleza sobra o desastre da intervenção é-lhe proporcional, pois o ser humano intimida-se, a nossa perspicácia esconde-se por detrás das costas e trabalhamos assim quase em branco.
Assim é na procura de escapar a este género de reacção que proponho um lugar diferente do que foi dado, tendo em consideração principalmente que este novo sítio se configura como numa procura que o continuem, pois assume-se como uma parte que não conseguiu acompanhar a configuração do que o envolve, e é na tentativa de assim lhe corresponder que o elejo como lugar da minha construção.
A orientação da construção foi escolhida de acordo com o movimento aparente do sol, podendo-se afirmar que apesar de esta possuir uma parede toda em vidro, este não será gerador de calor em excesso, uma vez que esta parede está virada para sudeste, só apanhando o fresco sol da manhã, sendo contrabalançado isto com a refrescante ambiência do riacho que atravessa o extremo nordeste do abrigo pois este contém uma abertura naquele, o que ajudará ainda mais a circulação de ar.
A abertura do abrigo encontra-se voltada a sudoeste para fugir à entrada de correntes de ar, assim como constitui um atalho para quem percorre todo o covão (já que essa é a tendência de quem o visita), e ter a facilidade de entrar logo imediatamente a seguir de ter esgotado as vistas.
A zona da lareira está voltada a norte, com o que se pretendeu que de verão esta zona pudesse assumir igualmente um lugar de descanso pois não apanhando sol directo será a zona mais fresca da construção podendo, no entanto, ser isto interrompido com o acender da fogueira.
É de mencionar também que a longa pala da cobertura que encima a zona de vidro não deixará apanhar o que sol que de verão se encontra a pique.
Na mesma intenção de “preenchimento” surge-nos a conformação formal do abrigo, complementando a posição que se tomou quanto à projecção no terreno, com a resignação das formas ao que já existe, e procurando realçá-lo.
Em consonância com isto está o interior que mesmo tentando fazer parte de um todo define entre o espaço que ergue uma diferenciação interior/exterior, como que para marcar a entrada em algo apenas subjacente à natureza, dada essa sensação através do desnivelamento interno, como também como uma procura de uma ténue entrada, na busca de um momento de ambientação a uma “nova realidade”. Embora a marcação da diferença se faça, o interior obedece á mesma camuflagem que se procura na relação do objecto com o exterior, que se pode verificar na implantação dos elementos constituintes do abrigo, como a fonte que sai da rocha, ou a lareira que se incorpora na parede que limita a visão exterior, numa busca que esta seja descansadamente gradual.
A orientação da construção foi escolhida de acordo com o movimento aparente do sol, podendo-se afirmar que apesar de esta possuir uma parede toda em vidro, este não será gerador de calor em excesso, uma vez que esta parede está virada para sudeste, só apanhando o fresco sol da manhã, sendo contrabalançado isto com a refrescante ambiência do riacho que atravessa o extremo nordeste do abrigo pois este contém uma abertura naquele, o que ajudará ainda mais a circulação de ar.
A abertura do abrigo encontra-se voltada a sudoeste para fugir à entrada de correntes de ar, assim como constitui um atalho para quem percorre todo o covão (já que essa é a tendência de quem o visita), e ter a facilidade de entrar logo imediatamente a seguir de ter esgotado as vistas.
A zona da lareira está voltada a norte, com o que se pretendeu que de verão esta zona pudesse assumir igualmente um lugar de descanso pois não apanhando sol directo será a zona mais fresca da construção podendo, no entanto, ser isto interrompido com o acender da fogueira.
É de mencionar também que a longa pala da cobertura que encima a zona de vidro não deixará apanhar o que sol que de verão se encontra a pique.
Na mesma intenção de “preenchimento” surge-nos a conformação formal do abrigo, complementando a posição que se tomou quanto à projecção no terreno, com a resignação das formas ao que já existe, e procurando realçá-lo.
Em consonância com isto está o interior que mesmo tentando fazer parte de um todo define entre o espaço que ergue uma diferenciação interior/exterior, como que para marcar a entrada em algo apenas subjacente à natureza, dada essa sensação através do desnivelamento interno, como também como uma procura de uma ténue entrada, na busca de um momento de ambientação a uma “nova realidade”. Embora a marcação da diferença se faça, o interior obedece á mesma camuflagem que se procura na relação do objecto com o exterior, que se pode verificar na implantação dos elementos constituintes do abrigo, como a fonte que sai da rocha, ou a lareira que se incorpora na parede que limita a visão exterior, numa busca que esta seja descansadamente gradual.