domingo, janeiro 27, 2008

Não consigo dormir. Tenho esta “coisinha” como nomearam ao telefone hoje quando cheguei de Lisboa. E já que assim é, não durmo, aproveito a oportuna vontade de escrever que me deu, de registar estes últimos dois dias, que espero que me fiquem em memória a longo prazo. Registar…talvez amanhã e só para mim…por hoje fico-me com o que resta de tudo (e é mesmo caso para dizer de tudo) desfazendo esta cabeça pesada em propostas para uma conclusão. A verdade é que apesar de viver intensamente o meu mundinho pobre com alegria ao fechar-me no meu micro-sistema, quando saio dele, mudando de ares, que apesar de bons, não me têm trazido nada que me alimente a alma, tudo o que parecia ter importância soberana para mim desvanece, e chega até a sucumbir no sub-consciente, quer-me fazer crer. O facto é que isto me agrada, pois sinto-me menos doentia, de veras menos obcecada, mais leve e como alguém diz e se cruza comigo “Duma existência banal/Até às luzes da Ribalta/Há dois carris de metal/Desde a Baixa à vida alta”, ou mais precisamente “Adorava estar in/Mas estou-me a sentir out/Frágil/Sinto-me Frágil”. Agora é fazer manutenção do achado, ainda que tenha medo que seja pouco tempo para uma terapia eficaz, pois mal persiste a convicção no meio de tanta emoção. Liberto-me das fragilidades num momento, mal o dia renasce nas origens, tudo me diz a mim que afinal essas coisas que vivi e senti não passaram de Carnaval…Temo. Detesto os dias que se repetem.



No Concerto Fenomenal dos Dead Combo (25/01/2008 galeria Zé Dos Bois, Bairro Alto):



Antes do Concerto:





















(Tudo isto no meio de um propósito para um curso;)

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