sábado, dezembro 22, 2007

Estou cansada de Carnaval, de máscaras que escondem horrores.
Tudo o que tenho vivido ultimamente, não passa de uma ilusão.
Como alguém diz, a complacência gera amigos, a verdade inimigos. Sugerem-me também que a harmonia de relações de que presentemente usufruo-o é culpa minha.
Não seria melhor reestruturar algum do meu lado mesquinho, apelando assim aos outros que se mostrem instantaneamente? Como sou só me cria enganos, e só tem feito que o meu barco encalhe.
As pessoas levadas a bem correspondem igualmente, levadas pelo mal cravam-nos as unhas, é certo. Mas isso é só uma verdade que se aplica nos princípios de uma relação, pois pelo bem, pela genuinidade, com o passar do tempo, também nos é trazido desagrados, que doem mais, pois já foi depositado amor.
Porque será ? Interrogo-me.
Julgo que a bondade e todo o manancial de coisas positivas (ainda que pouco enraizadas) que nos traz, causa inveja pelos dois factos, e mais um. Pelo de ser bondoso por si só, que faz sentir os opostos mais pequenos e perdidos nos seus maus sentimentos face um desembaraço fácil e luminoso, pelos lucros consequentes e óbvios, e pela paz que emana de quem usa de tal estado.
Não há moeda sem duas faces, e como desde alguns anos acredito: Para tudo o que é verdade, o contrário é igualmente válido.
Tudo o que tenho construído vai desembocar em lágrimas. Irreversivelmente. Não há nada que não goze de efemeridade. Será este o motivo que dá resposta ao facto? Talvez fosse escusado me perder tanto em pormenores. Sou efémera, tudo o que semeio também o é, PONTO.

2 comentários:

Rodrigo disse...

Feliz aquele que ainda é naturalmente complacente.

Anónimo disse...

A tristeza é, muitas vezes, um apeadeiro inevitável a caminho da lucidez. Acho que percebo a razão. Mas preferia que a paragem fosse menos demorada...