quarta-feira, fevereiro 07, 2007

A todos aqueles que se metem comigo pela minha paixão ao Café:
(sendo informados que agora só bebo um por dia)


Se queres prevenir…
…a Parkinson, convém-te saber que, segundo um estudo publicado no The Journal of the American Medical Assotiation, o consumo de cafeína reduz o risco de sofrer esta enfermidade, tal como se comprovou em homens consumidores de, ao menos duas chávenas diárias de café.

Comprovou-se que o café diminui o risco de sofrer de coágulos renais, já que a cafeína detém a sua formação mediante o aumento de produção de urina.

A cafeína estimula o sistema nervoso central. Um consumo moderado acentua a capacidade de estar alerta, gerando motivação e concentração; poderia manter com energia uma pessoa sem dormir 48 horas.

O consumo de café é uma boa ajuda para os desportistas, devido a que a cafeína tem um efeito positivo ao fazer exercício pou aumentar a energia e a resistência.

Depois de uma boa refeição não há nada como uma tertúlia…e uma chávena de café. Sobretudo se temos em conta que esta bebida actua sobre todos os órgãos digestivos, facilitando sua actividade.

Tomar café não é incompatível com uma dieta de emagrecimento. Ao contrário, poderá dizer-se que é um produto “light”, já que uma chávena de café expresso contém só duas calorias; um café com leite, umas 10 calorias, e acompanhar o café com uma colherzita de açúcar dá-nos 20 calorias. Muito pouco para um autêntico prazer, não é?

terça-feira, fevereiro 06, 2007

De tudo o que sinto e que tento guardar em palavras, estas só fixam uma imagem fosca, destorcida, incompleta, como quando alguém faz uma viagem e manda um postal a um amigo, que não esteve igual, não experimentou igual, enfim, não resultaram por isso os fragmentos desta igual…não sentindo igual, mesmo que lá tenha ido.
Hoje agarrei no meu diário com este desespero, de quem não passa ao confidente uma energia fidedigna sua, com todas as notas e cores, como se não tivesse palavras suficientes no bolso para largar, apenas fragmentos de uma poeira que esvoaça abstracta no ar, e que lá caíram.
Sinto-me incapaz. Espero que quando mais uma vez ler o diário, não voltar a acusá-lo de dissimulado ou até mentiroso.

domingo, fevereiro 04, 2007


Esta é fácil de ler, mas difícil de digerir. Obrigado, por ma teres enviado!!!!

Entrei apressado e com muita fome no restaurante.
Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, porque queria aproveitar os poucos minutos que dispunha naquele dia, para comer e acertar alguns bugs de programação num sistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagemde férias, coisa que há tempos que não sei o que são.
Pedi um filete de salmão com alcaparras em manteiga, uma salada e umsumo de laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime não é?
Abri o meu portátil e apanhei um susto comaquela voz baixinha atrás de mim:
- Senhor, não tem umas moedinhas?
- Não tenho, menino.
- Só uma moedinha para comprar um pão.
- Está bem, eu compro um.
Para variar, a minha caixa de entrada está cheia de e-mail.
Fico distraído a ver poesias, as formatações lindas, rindo com aspiadas malucas.
Ah! Essa música leva-me até Londres e às boas lembranças de tempos áureos.
- Senhor, peça para colocar margarina e queijo.
Percebo nessa altura que o menino tinha ficado ali.- Ok. Vou pedir, mas depois deixas-me trabalhar, estou muito ocupado,está bem?
Chega a minha refeição e com ela o meu mal-estar. Faço o pedido do menino, e o empregado pergunta-me se quero que mande o menino ir embora.
O peso na consciência, impedem-me de o dizer. Digo que está tudo bem. Deixe-o ficar. Que traga o pão e, mais uma refeição decente para ele.
Então sentou-se à minha frente e perguntou:
- Senhor o que está fazer?
- Estou a ler uns e-mail.
- O que são e-mail?
- São mensagens electrónicas mandadas por pessoas via Internet (sabia que ele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me dequestionários desses):
- É como se fosse uma carta, só que via Internet.
- Senhor você tem Internet?
- Tenho sim, essencial no mundo de hoje.
- O que é Internet ?
- É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas,notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar,aprender.
Tem de tudo no mundo virtual.
- E o que é virtual?
Resolvo dar uma explicação simplificada, sabendo com certeza que ele pouco vai entender e deixar-me-ia almoçar, sem culpas.
- Virtual é um local queimaginamos, algo que não podemos tocar, apanhar, pegar... é lá que criamos um monte de coisas que gostaríamosde fazer. Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quasecomo queríamos que fosse.
- Que bom isso. Gostei!
- Menino, entendeste o significado da palavra virtual?
- Sim, também vivo neste mundo virtual.
- Tens computador?! - Exclamo eu!!!
- Não, mas o meu mundo também é vivido dessa maneira...Virtual.
A minha mãe fica todo dia fora, chega muito tarde, quase não a vejo, enquanto eu fico a cuidar do meu irmão pequeno que vive a chorar defome e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa, a minha irmã mais velha sai todo dia também, diz que vai vender o corpo, mas não entendo, porque ela volta sempre com o corpo, o meu pai está na cadeia há muito tempo, mas imagino sempre a nossa família toda junta em casa,muita comida, muitos brinquedos de natal e eu a estudar na escola para vir a ser um médico um dia. Isto é virtual não é senhor???
Fechei o portátil, mas não fui a tempo de impedir que as lágrimas caíssem sobre o teclado.
Esperei que o menino acabasse de literalmente "devorar" o prato dele, paguei, e dei-lhe o troco, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um"Brigado senhor, você é muito simpático!".
Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensatoem que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia de verdade e fazemos de conta que não percebemos!