Bater em portas nem sempre é acompanhado de um receptivo Bom dia, mas nesse aspecto não tenho tido razão de queixa. Neste dia foi a inauguração da XI bienal para jovens e principiantes da Galeria Capitel em Leiria, minha quarta exposição colectiva.
Fiz-me acompanhar da minha sombra, e lá encontrei o pequeno espaço apinhado de gente (o que estava fora das minhas expectativas), e o dono da mesma confraternizando com pessoas da sua casa etária (perto dos 70 anos) que faziam a maioria. O dono da galeria, distraído, embora muito simpático, surpreendeu-me não só pela sua letra quase ilegível, raro aspecto para a sua geração, da qual se pode generalizar que esta tem a caligrafia trabalhada ou ingénua, sendo de deduzir que tenha sido moldada por duas hipóteses: por fartura de papel a ser escrito, ou por necessidade académica, o que não deixa de despertar curiosidade em mim, mais uma vez frustrada devido à minha timidez, e falta de lábia, mas surprendeu-me sobretudo por ter colocado quadros abstratos na montra, o que não muito regular tendo em conta a sua geração, a qual confirma o seu generalizado gosto pela compra de quadros totalmente naturalistas, pois só foram vendidos Naturalismo ou "baratismo".
A exposição estará patente até dia 3 de Março.
1 comentário:
Parabéns pela montra !
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