segunda-feira, fevereiro 27, 2006
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Quarto
Suporte em madeira com dentes que o afastam da parede, acrilico s/ tela, espuma acrilica, cordão azul.
08/2005
domingo, fevereiro 19, 2006
05/2003 (finais)
Feito em 20 minutos
Trabalho que me traz boas recodações de tardes escolares que o tempo armazenou num dossier ainda não etiquetado, pois espera-se, por enquanto, que o papel reciclado seque para que se possa dar novo uso às recordações que não foram apagadas apesar da sua transformação.
Lembro-me com prazer desta tarde em que tinha de entregar um trabalho sobre textura e não tinha ainda feito nada, alertando-me a urgência de ser o último dia de aulas. A pressa depressa se transfomou em entuasiasmo não pelos resultados que ia obtendo, mas pelos salpicos que se iam instalando nos corpos dos meus colegas de 11ºano (aulas conjuntas, pois eu era a única aluna de 12º).
O nome do quadro deve-seao desagrado do professor.
sábado, fevereiro 11, 2006
terça-feira, fevereiro 07, 2006
Le Corbusier recebeu uma formação moral que acentuava os contrastes entre o bem e o mal, como no preto e no branco. Esta atitude mental influenciou-o no sentido da dialéctica presente na sua obra, que traduz linhas simples e pragmatismo.
Assim na obra estudada Museu do Crescimento Ilimitado aplica uma linguagem que foge a qualquer tipo de compromisso com a envolvente, criando uma arquitectura que vive de si mesma, notando-se aqui a subjacente filosofia dos contrastes que referi.
O próprio nome da obra conta-nos logo como será a sua conformação, sendo levado o visitante a ter uma sensação de crescimento, dada através não só do percurso interno em espiral, como também através do quinto alçado (cobertura) para quem a observa dos céus. A cobertura está em conformidade com o interior, constituindo uma só espiral.
O signífero desta construção é acentuado pelo jogo de luz genialmente programado pelo arquitecto, que se revela quando se percorre galeria a galeria observando-se sempre a mesma configuração espacial dada pelas janelas em fita e pelos corredores uniformes e crescentes que se repetem galeria a galeria, sendo esta insistente utilização o apogeu da unicidade e geometrização do espaço da obra. Quem estiver então no interior deverá ter a sensação que não avançou nem um passo desde a primeira galeria, sendo utilizada a dicotomia de um labirinto clareza/confusão, que faz com que o interior ganhe vida, no sentido em que a simplicidade extrema, através de um jogo de espaço, desperta atenção e entusiasmo.
Le Corbusier nesta obra põe também em prática a construção sobre pilotis libertando o terreno do seu inteiro compromisso de sustentação, permitindo assim uma utilização do piso térreo mais a par de uma modernização urbana, onde se propunha libertar o terreno para circulação e para o automóvel, ou garantia a independência das características particulares de cada terreno, permitindo que a construção se acomodasse às circunstâncias geográficas.
Um dos pontos que caracteriza a genialidade deste projecto é a geometria que esteve na base da sua feitura. A partir de um quadrado (unidade base) de 7x7m, o projecto cresce em espiral, sendo o coração desta construção quatro unidades base. Esta geometria mostra-nos como a partir de algo tão simples e puro como um quadrado é possível fazer Arquitectura tão forte, cheia de vida e carácter.
Reforçando a conformação interna da obra, estão as fachadas simultaneamente simples e ritmadas, separando-nos de qualquer monotonia, apesar da simples concretização que constitui.
domingo, fevereiro 05, 2006
Ora aqui está! O dia em que fui amaldiçoada pelo Faraó. (Faz dois anos)
Esta viagem foi longa física e psiquicamente para mim. Não pelas bonitas imagens que tive a oportunidade de ver e não saboreei, de tocar...e sentei, mas pelas longas horas de pensamentos profanos que me levaram mais longe do que queria ir. Uma recordação que agora olho com optimismo, como obstáculo que saltei, pois consegui recuperar um tom lilás de ver a vida. Ei-de lá voltar à procura do cor-de-rosa...
sábado, fevereiro 04, 2006
Em busca do sabor...A dieta enlouquece-me, a tal ponto que ultrapasso barreiras como a "estremunhação" (sono mal curado) e corro para um ambiente (o Arco) que se faz sentir familiar, numa aura já anterior à minha primeira presença, e peço um pecaminoso café cheio (saborosamente Buondi), com o já instituido adoçante.
A geometria abre-me um beco para fugas, coisa recente, pois até aqui esta divertia-me e não precisava de códigos de moral e outros que tal para encará-la com mais descontração.
A minha ignorância que começa nos referidos códigos e acaba nos efeitos benéficos do café, porpocionou-me hoje uns capítulos agradáveis de leitura, em que reforço a minha determinação em limpar os vestígios da água baptismal, que aos oito anos insisti em experimentar, pois até ter esse desejo, julgava que a água que corria nas torneiras lá de casa bastavam para me inseir com digninade na mini sociedade que então pertencia, e que me fez sentir fora do rebanho, mas sobretudo com uma curiosidade infantil, maior do que a que se liga com o funcionamento de uns novos acessórios da barbie.
Apesar da vontade, não consigo alcançar auto determinação suficiente, para abraçar outra filosofia, continuando a comportar-me como Eva no Jardim do Éden, redendo-me às tentações e esquecendo por completo do cheiro que o perfume Éden da cacharel já tem, não precisando de mais artíficios, dando assim força à política do Catolicismo, de que Eva não é mais do que uma Branca de Neve à espera que algo aconteça para acordar do sono e apatia.
Gostava de ser uma Maria Madalena como a Pequena Sereia, e ter coragem para avançar no oposto e desconhecido, esquecendo a cor ruiva dos cabelos, à qual obdeço inconscientemente e me fazem parar a meio caminho de qualquer meta, de tão embaraçados que estão.