Mais um dia indiferente a mim...
Lamento lamentar-me, e lamento lamentar o que lamento, mas já se instalou crónicamente na minha forma doente de me ver, pequena como uma criança rodeada de paredes que assumem termino em tectos de pé direito alto. Anseio por me conseguir imaginar num país das maravilhas, como as Asturias, e ver todas as metas, até agora no icone iniciar, como o outro lado de uma ponte que ostenta jardim nas duas margens... não pedindo no entanto a companhia da Alice. Infelizmente tenho a característica de desanimar com coisas simples, e a felicidade de com coisas tão simples me alegrar. A rotina transtorna-me, mas as ondas que nela por vezes se criam também me perturbam, e com isto me sinto uma boneca de porcelana, talvez a precisar de mais uns anos a encher copos atras de um balcão, à espera que alguém os reuna para no fim despejar um balde sobre mim.
Ás vezes sinto-me frivola e louca por sentir e sonhar com coisas pequenas que me dispersam, e me afastam da síntese que a vida realmente é.
Falta-me o queijo fresco, em que ontem investi desesperadamente com o garfo e com a faca. O Capuccino (sem açucar) que esgotou devido ao novo anúncio que passa na tv, e que me lembro com carinho, pois este pequeno nada fez-me esbuçar ontem um sorriso, quando olhei para a prateleira do supermecado e a vi vazia, sorriso do qual à muito sentia saudades.