sexta-feira, agosto 24, 2012

"A menina dança?"


Sinto-me dissonante,
A cada dia que passa.
Tempo corre, sem volta e traz um futuro só com casca, de noz estragada.
Toco piano sem semi tons. De folha branca em frente. E continuo a insistir no improviso, sem dó. E com ridícula piedade, sendo ela o tom que me permite continuar o caminho sem aumentar, por mim, o valor do meu dia a dia. Nem boas nem más noticias. VAZIO.
Sinto-me enganada. Pelas teclas que correm dia após dia, pelas palavras repetidas, ouvidas e possivelmente não sentidas. Pela inexistência do tempo, e pelo conteúdo rico que este fantasma sempre apaga.
Sinto-me em dó sustenido. Quase ré dos meus próprios sonhos.