26/06/2006
Faz trinta anos que alguém se deixa invadir pelo mundo de sonhos cor de rosa que hoje não são mais que pesadelos tornados numa grande guerra. Faz trinta anos que alguém nasceu. E passam dois dias desde aí, que recordo com a pena de quem desejava para esse alguém um dia mais feliz, ou quem sabe dias mais prósperos.
O nome do presente que dei não está em sintonia com a pessoa, antes torna-se obsoleto: Paz. Ainda mais tratando-se de uma Paz que não é o fruto do descanso da guerreira, mas antes de um motivo frívolo, como o da apreciação da beleza do feminino.
Lamento ter pressa de satisfazer o pedido da pessoa em questão e não a poder assim contemplar com uma coisa personalizada, como era merecido.
Passam assim dois dias que se corre para o hospital de Leiria com o meu avô.
Passam 50 minutos que a minha prima abandona o banco ao lado da cadeira onde estou, para ir descansar, esperando-lhe amanhã um dia que deixa em fúria os deuses e em satisfação o demónio.
Faz alguns minutos que decido desabafar aqui os restos que esta visita me deixou, e que nestes últimos 50 minutos andei a ruminar.
Uma existência tão merecidamente jovial apesar de ter 30 anos como é a da Andreia, deixa em dúvida os meus mais profundos sofrimentos, que em comparação, não passam das mais simples picadas de mosquito, ao pé de mordidas de serpente, tendo um remédio fácil, que apenas não chega, pela minha preguiça de ir comprar fenistil à farmácia.
Pergunto-me hoje…haverá remédio para veneno de serpentes? Nunca passei por algo tão aflitivo para validar um testemunho de cura. Uma coisa se diz: para se ser feliz até um certo ponto, é preciso se sofrer até esse mesmo ponto.
Ainda não lhe deram lugar para a felicidade, nem tempo, nem tão pouco objecto. Só preocupação sobre os ombros, amparados por umas mãos das quais me desgosta o desgasto. Quem as olha não reconhece a forte armadura que são e o quanto já passaram, o tão mal tratadas que foram, e quão bem se defenderam, e continuam belas e resplandecentes, enquanto que as minhas murcham com a mudança de estação. Foram criadas em estufa. Nunca sentiram o verdadeiro frio do Inverno.
Faz trinta anos que alguém se deixa invadir pelo mundo de sonhos cor de rosa que hoje não são mais que pesadelos tornados numa grande guerra. Faz trinta anos que alguém nasceu. E passam dois dias desde aí, que recordo com a pena de quem desejava para esse alguém um dia mais feliz, ou quem sabe dias mais prósperos.
O nome do presente que dei não está em sintonia com a pessoa, antes torna-se obsoleto: Paz. Ainda mais tratando-se de uma Paz que não é o fruto do descanso da guerreira, mas antes de um motivo frívolo, como o da apreciação da beleza do feminino.
Lamento ter pressa de satisfazer o pedido da pessoa em questão e não a poder assim contemplar com uma coisa personalizada, como era merecido.
Passam assim dois dias que se corre para o hospital de Leiria com o meu avô.
Passam 50 minutos que a minha prima abandona o banco ao lado da cadeira onde estou, para ir descansar, esperando-lhe amanhã um dia que deixa em fúria os deuses e em satisfação o demónio.
Faz alguns minutos que decido desabafar aqui os restos que esta visita me deixou, e que nestes últimos 50 minutos andei a ruminar.
Uma existência tão merecidamente jovial apesar de ter 30 anos como é a da Andreia, deixa em dúvida os meus mais profundos sofrimentos, que em comparação, não passam das mais simples picadas de mosquito, ao pé de mordidas de serpente, tendo um remédio fácil, que apenas não chega, pela minha preguiça de ir comprar fenistil à farmácia.
Pergunto-me hoje…haverá remédio para veneno de serpentes? Nunca passei por algo tão aflitivo para validar um testemunho de cura. Uma coisa se diz: para se ser feliz até um certo ponto, é preciso se sofrer até esse mesmo ponto.
Ainda não lhe deram lugar para a felicidade, nem tempo, nem tão pouco objecto. Só preocupação sobre os ombros, amparados por umas mãos das quais me desgosta o desgasto. Quem as olha não reconhece a forte armadura que são e o quanto já passaram, o tão mal tratadas que foram, e quão bem se defenderam, e continuam belas e resplandecentes, enquanto que as minhas murcham com a mudança de estação. Foram criadas em estufa. Nunca sentiram o verdadeiro frio do Inverno.
Parabéns Andreia.