Será que o tempo nos separa em constrangimento?
Confesso que é-me difícil pensar isto, transferi-lo para palavras, pois apenas o sinto em plenitude. Será que o agradeça à experiência, ou a uma consciência aberta a ferros?
A questão prende-se nisto: Até que ponto o tempo armazenado no repertório de alguém pode ser o limite do meu espaço de acção?
Confesso de peito aberto que quando dou de fronte com alguém que me apresenta uma colecção de calendários vividos como prova de credibilidade, esboço em mim um nervoso miudinho com vontade de acabar em estalo, uma gargalhada bem dada, um sem fim de pena, pois parto do principio que quem tem atributos com que se orgulhar não precisa na idade se refugiar...atrás de uma pose que nada nos tem para oferecer senão o limites que ela mesma impõe, esconde-se um ego frágil, de estrutura débil, que por isso nos oferece barreiras de interecção, esquecendo-se no entanto que quem deixa de experimentar e vivenciar é o próprio.
Defendo e sempre defenderei que a simplicidade é a maior prova de sabedoria a ser dada, é a mostra de que se tem presente que nada se é no meio de alguma coisa, à qual devemos respeito para nesse nada encontrar-mos um sentido.
Digo com vaidade que sei de gente que vive sem esses limites mesquinhos, de arrogância e pretensão, pois é mais que obvio que o tempo não acrescenta atributos, apenas e só, o que se faz dele, e sejamos realistas, a maioria gasta-o no vazio de uma rotina que faz tudo menos abrir horizontes. E desde quando se dá ouvidos a alguém de pouco alcance? A fastidiosa rotina é uma experiência que nos diz stop às possibilidades de viver experiências diferentes...que nos possa fazer sentir vivos. E neste caso a experiência é um limite, não uma mais valia. Desde quando é que devemos ter respeito pelo medo? Pela falta de coragem que advém de dias de doce tormento?
Toda a pose é resultado de uma ignorância que é liquefeita com o passar do tal tempo que exibem com vaidade. Felizmente há quem seja mais perspicaz e nunca tenha de dar essas quedas.
Os meus pêsames a quem ainda não se apercebeu da relatividade que nos envolve,e à muito foi comprovada.
Como se pode brilhar à meia noite? Abano o coração ainda adormecido, esqueço a canção que gastei continuando esta a viver secretamente dentro de mim. O que me aconteceu não sei, não sei do que me recordar, embora saiba do que viver. Tento arrumar à pressa os últimos meses e sair depressa para o trabalho… guardo o coração desperto, e esqueço a canção que noto já não passar na rádio… em sonhos ou nas arrojadas beliscadelas. Trai-me tanto devido a gatos, estes meigos são enquanto os domino. Mesmo sem gatos fico com frieiras da noite fria… sendo assim mesmo com luvas, dizendo as pobres mal criadas que me querem saber ler, que tenho é coração partido, vida em modo corrompido. Não o tenho, talvez só pé dormente e recusa de ir para a cama por estar doente. Para quê camas quando se tem quem nos cante o fado? Quero cantar a cantiga do meu pastor, pois é tarde demais para tudo o que me lembro, mesmo para a verdade crua, po...
Comentários
:P Não quero dizer que não disseste nada. Apenas quero dizer que me custa entender os teus textos :)