A falar de Miguel... Porque me levanto sempre tarde? Porque tenho falta de brio ou vaidade. Há tempos um amigo meu comentava comigo uma passagem de livro que estava a ler: “Por terras de Portugal e Espanha” de Miguel Unamuno, o que o intrigava então? Porque dizia Miguel que os Catalães tinham erguido com brilho a sua região, tudo à conta da sua vaidade? Por não caírem no seu goto? Invadiu-me naquele instante que o real motivo que nos leva a bulir é, na maior parte, a necessidade de afirmação perante os outros, e não perante si mesmos. Esta atitude tem ligações intimas com a vaidade, pois na maior parte das vezes essas glórias só existem nos fantasmas da aparência e da língua. Então, feliz daquelas vezes que resulta em algo bom! Que tem de mal ou de bom, então Miguel Unamuno adjectivar como vaidade a força motriz dos Catalães? É um sentir que vive em todos nós. Não é uma crítica nem construtiva o que Miguel faz…apenas diz uma verdade, que além de muito humana e habitual, é algo que embo...
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Ideal não me leves a mal. O idealismo é um estado da alma, mas a acção é do diabo. Entre Estados Operários Burocráticos e Democracias Operárias, o socialismo rende-se ao mercado, consequência do desenvolvimento económico e desejo que todos têm, que nem a generosidade de Chávez conseguiu desvanecer, mantendo apenas o que tinha de mais teimoso: trabalhar para alcançar a justiça social. Na prática qualquer ideologia face a uma necessidade se desfaz, pois o ideal não nos é como nosso cão, e sim como coelho que ocasionalmente achámos que seria bom criar na gaiola, mas que quando solto acaba com todas as ligações que nossos pertences têm à terra. Não há sonho que não seja a dormir, não há direita que não seja egoísta, nem esquerda que não seja invejosa. Para Jornal da Juventude Socialista do NESUBI
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…sobre o traçado regulador. Tudo o que se cria obedece a uma ordem para bem do seu correcto funcionamento, e como consequência natural inevitável. A verdade é que muitos dos arquitectos de hoje abdicam dessa ordem nas suas criações, o que, pode gerar desagrado se não se tiver sentido critico e não se sentir alguma responsabilidade na criação, pois acredito que se esta houver, se farão boas coisas inevitavelmente com ou sem traçado, passo a explicar porquê. Desde galileu que se tenta prever o que toda a gente chama de caos, ainda que com um sucesso mínimo de constância dentro do sistema, o que normalmente não ocorre na natureza, mas que é suficiente para indagar dois pontos: - Será que é pertinente abdicar de seguir uma ordem na criação artística? - Será que mesmo abdicando, não se encontrará uma inevitavelmente, já que estamos inseridos impreterivelmente num sistema organizado? As duas opções são válidas. Tanto utilizar sistemas reguladores de forma consciente, ou partir em busca de um...
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Quando um filme nos puxa os cabelos... Mulholland Drive David Lynch parece ter esta posição: “Que tal eu deixar o mundo viver como quer e deixar que eu viva como quero” De qualquer das formas, a interpretação que se extrai do filme é esta: Tudo se desenrola como se fosse um filme com princípio meio e fim, mas de repente apercebemo-nos que não é assim, e a simples observação da tela, acaba numa grande dor de cabeça. Surge o Cowboy, que é um género de pregador de ideias, tal como um “pastor”, um padre, na sua forma mais genuína e americana…e que nos diz o principal: “A forma como a tua vida é só depende de como a levas, uma vez com calma tudo corre bem”…enfim algo do género, e acrescenta “se não acentares bem esta ideia aparecerei mais vezes”…tudo isto dito a um REALIZADOR. O verdadeiro realizador neste caso é o Cowboy. E nós somos realizadores da nossa interpretação, da nossa vida, das nossas ideias tal como Adam, mas é Lynch que nos vai dizer que apesar das nossas convicções tudo não p...
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Renascimento Renascimento foi o nome utilizado pelos historiadores do século XIX para designar uma evolução mais segura e firme das mentalidades e da cultura europeias, ocorridas no período histórico compreendido entre os inícios do século XV e finais do século XVI. As origens do Renascimento são bem definidas, e os factos claros. Graças a investigações recentes, ficámos a conhecer melhor as circunstâncias especiais que ajudam a explicar a génese do novo estilo, precisamente em Florença e no início do século XV e não noutro lugar ou noutra época qualquer. Por volta de 1400, o Estado florentino enfrentava uma séria ameaça à sua independência. O poderoso Duque de Milão tentava dominar toda a Itália e já tinha subjugado as planícies da Lombardia e a maior parte das cidades-estado da zona central. Florença constituía o único obstáculo sério à sua ambição: a cidade opôs-lhe uma rigorosa e bem sucedida resistência em três frentes, militar, diplomática e intelectual. Se o Duque aliciara eloqu...
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Conceito de Monumento A origem da palavra “monumento” vem do verbo latino monere, que significa tanto “fazer recordar” como também “instruir”. Este significado remete-nos para a importância do monumento enquanto memória do significado de um determinado conjunto de indivíduos, no que toca à evolução histórica, pois como herança colectiva tem um duplo valor e um significado especial, já que nos permite situar no nosso tempo, estabelecendo uma relação de continuidade entre o nosso passado e o nosso presente. Perante esta herança Patrimonial, a comunidade tem a responsabilidade de a preservar, utilizar e valorizar. Por isso é necessário conhecê-la em profundidade para podermos intervir e usufruí-la da melhor maneira, de modo a transmiti-la ainda mais qualificada e enriquecida às gerações vindouras. Cada geração se confronta com o Património do passado perante o qual tem responsabilidades de preservação, ao mesmo tempo que realiza a sua própria produção contemporânea, que virá também a cons...
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Porquê que isto é arte? O que é que é arte? Poucas perguntas provocarão polémica mais acesa e tão poucas respostas satisfatórias. Para nós, arte é, antes de mais nada, uma palavra, uma palavra que reconhece quer o conceito e arte, quer o facto da sua existência. Sem a palavra, poderíamos até duvidar da própria existência da arte, porém sentindo o vazio deixado pela sua inexistência, pois esta é algo que perde definição quando pretende classificar um amplo leque de actividades humanas, tanto que é facto a palavra arte não existir na língua de todas as sociedades (embora a sua feitura acompanhe o Homem desde os primórdios, o que, hipoteticamente, a posiciona como adjectivo e não como substantivo como querem fazer dela (algo concreto e bem definido), assim assemelha-se a uma emoção materializando-se em interjeição perante determinado motivo, encontrando-se nesta medida com a palavra “Saudade” tão portuguesa, mas sentida em todo o mundo embora demasiado complexa para ter um ponto fixo, a d...
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"Transformação ou permanência na Arquitectura" Hoje já não é a primeira, nem será a última vez que esta questão se interpõe entre mim e a realização de um projecto. Ao fazer-se ou falar-se de uma realização projectual vêm atrás na maioria das vezes argumentos (numa repetição que considero abusiva), como "respeito pela lógica formal do lugar", "respeito pelo traçado Arquitectónico" e "conservação dos elementos históricos", muitas vezes para esconder falta de ideias e pretextos, e raramente, a meu ver, com genuínas intenções. Já alguma vez se perguntaram porque não se vestem todos da mesma cor? Concerteza que confirmam que o contraste de cores é mais apelativo que a mesma cor espalhada por todo o corpo! Ora na arquitectura como em todas as modalidades ditas artísticas, passa-se o mesmo, pois no contraste é que reside a emoção, e a Arte para mim, não é mais que uma interjeição perante algo que concretiza o indizível, e pela qual exclamamos...é o res...
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One Love "Lia’s statement is a good example. Gosto muito de dizer que Arquitectura para mim é uma questão de inconsciência e acaso, não de gosto, e que todo o meu presente é devido ao destino, não à justiça, no sentido popular do termo. A very interesting remark and a good starting point for us to discuss: It touches quite an actual and essential issue of human factor of architecture. I share some of these fears about too rigid and technocratic features that we may observe in many of the recent realizations of modern architecture around the world. It would be good to remember about it - and avoid! - in the process of our course of architectural design. That is why, for example, in exercise 2 we base the concept of the design on broad areas of culture and seek ways of their transformation in an artistic way. We must keep in mind that architecture should carry a meaningful message which appeals to our knowledge and imagination, thoughts and emotions, making a piece of architecture b...
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Hoje, para minha surpresa, recebi um e-mail da MELLE. Ora aqui está ele: A «praxe académica» e demais práticas que visem humilhar os novos alunos universitários são um problema sério e como tal devem ser encaradas. Não só deixam marcas e traumatizam muitos dos alunos, especialmente os deslocados, como também são uma promoção do fascismo e dos valores mais reaccionários e facciosos. Muitos candidatos ao ensino superior, especialmente nas zonas fora de Lisboa, ainda acreditam que a «praxe» é obrigatória ou tem carácter institucional (infelizmente com a cumplicidade de muitos Reitores). Apelamos assim, a que todos se empenhem activamente no esclarecimento dos novos alunos e na denúncia das violações dos direitos humanos habitualmente cometidas durante a «praxe». Combater a «praxe» é combater uma sociedade hierarquizada, uma sociedade de «estudantes e futricas». F.A.Q.: http://two.xthost.info/melle/praxe/ ____________________________________ No meio de tudo isto digo que já dei o meu peque...