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Luto. Num museu obscuro há um pequeno quadro. Para encontrá-lo, é necessário ter os olhos vendados. Sentir. Pisar o chão polido, lavado por um homem de cabelo, olhos e pele escura, e não escorregar. Cegos pela escuridão estão um escritor deslumbrado, um professor de educação física resignado e perdido nos seus sentimentos, e um jogador de futebol profissional à procura de alguma cultura, sem nenhuma luz prévia que, uma vez na escuridão, abra portas às suas pretensões. Num instante todos se tocam…e nenhum se invade do seu ofício…na apresentação. Perdidos em imagens que se lhes apresentam, vindas do Museu dos Sonhos, habitado por criaturas que são o reflexo deles. Na invicta escuridão, um estrondo se sobrepõem aos três visitantes…e o quadro desaparece…fora destruído. É então que os três diferentes seres e viveres se dispersam das suas amarguras, e se deixam levar pelas suas convictas imagens. Despedem-se. Qual o Título do Quadro? Frustração. Resta-lhes a sua essência e vibração...
Mais um dia “In”…diferente de mim  ( ...uma personagem de um filme, coloquei-a a viajar ao meu lado num comboio. O que vai acontecer?) Estação do Oriente? Num dia frio, avanço com calma e trepidante. Sol clemente, sempre com pressa de ir a poente, buscar o mistério de um outro lado de uma bola veemente em amores…dissabores…conveniências…ardências…rancores…complacências. 19:30…Tons de verde alface ardente como se o sol tivesse sido quente, que fizesse brotar cor a partir de si…findo com enlace em dois lugares no comboio… começasse. Nas esquinas, uma pessoa em cada par de cadeiras…umas feias outras não, embora digam que em Portugal, bonitos, não faltarão! Olho novamente. Penso. E se toda a gente de repente, saísse do seu largo lugar e ocupasse as cadeiras vagas, mesmo que ao lado não estivesse o seu par? E se houvessem professores no comboio? Sentar-se-iam, a jeito de quem recomenda, ordeiramente, em lugares com ocupação lateral? Sem mal, não esquecendo assim a sua moral. E...
Fama enclausurada (Diálogo entre Jorge Palma e o Super Homem, num elevador) “Eu não sei bem quem tu és” Não me pises os pés Estamos em perigo…                                                                                     “Olá cá estamos nós”                                                        ...
Não Simples , que mente . Simplesmente se devia viver sem que a vaidade nos tirasse esse modo de fazer. Simples. Sem medo. Causa dessa coisa, à humanidade…Vestida e Crua à procura de algo para subir mais, nem que para isso faça mal ao muito próximo de si. Para quê condenarem-se à morte ainda em vida? Não são eles mesmos, fingem. A Tumba destes não terá flores devido aos horrores? Terá. São esses que prosperam. Os que passam e ultrapassam os demais sem sentimentalismos mais. Pela simplicidade se alcança a maioridade... que não se vê, mas concretiza a felicidade, mesmo que para isso se julgue a maldade como um bem complementar à verdadeira Natureza do Homem. O viver em Amizade. Porquê usar máscara? Esconde o que não se é? Também…ninguém pediu para ser fora do que lhe pertence. O que não lhe pertence é roubo à imaginação, sendo esta Cão desobediente, que mais do que aos outros, ao seu dono mente.
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Uma vez na Covilhã- O PRÉDIO Sublime!
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Depressão pelo lado de fora Nas esquinas do meu quarto Nas paredes, nas fotografias nelas coladas Na Mona Lisa despida à porta Na televisão apagada Na vela gasta, na electricidade cortada Neste recanto do quarto onde me deito Onde sempre quis ter gente sentada Distraída. Estou eu aqui denunciando a inércia de mais um dia de depressão, olhando a gaveta onde estão as cápsulas do país das maravilhas, em que acabo sempre descaída Em passos vagarosos como a pressa que tenho por ti Dirijo-me à cozinha onde no frigorífico desligado sobra fruta que no dia anterior surti já quente, comida num dia demente de chuva sem raios de luz veemente depressa este se põe, pois nele fingi que vivia, de sorriso apagado mas de coração apaziguado merecido descanso soterrado nas ausências dos nadas a que me habituei E na humidade nocturna, namoro o escuro, onde no íntimo, sempre vagueei Devido a uma conta por pagar Adormecendo pobre mas segura que quando tudo está contra vontade é porque anteriormente a consu...
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Mais bebés! 14/07/2010
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Tríptico Acrílico s/tela 05/07/2010 100x120 cm
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Uma foto de arrancar coração. A cidade francesa de Cannes foi, pelo terceiro ano consecutivo, a capital mundial de fotografia, com a realização de mais uma edição dos Sony World Photography Awards, integrada no festival Internacional de Fotografia de Cannes 2010. O mais cobiçado de todos os prémios, o L'Íris d'Ór  foi atribuído, este ano, ao fotógrafo italiano Ausili, vencedor da categoria Reportagem, com o trabalho intitulado "Hidden Death" efectuado numa unidade de abate de animais. Para além de equipamento topo-de-gama, da Sony Ausili arrecadou um prémio monetário de 25 mil dólares.
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Canção do Avô Não sei como dizer. Ficará o não dito pelo dito. Nas suas reminiscências passadas, vivem com mais sensatez, num corpo que já não é seu, o curto efémero num escangalhado de breu. São mas não podem, querem mas não sonham...eléctricos em cadência, aos quais a decandência não rouba vivência, ainda que pacata e não segura no seu mais puro auge de compreensão, engenho, e desprezo pela amargura. Ficarão, sós ou não, até que algo os rebaixe à sua condição, ínfima força da lembrança leva-os na memória dos que ficarão, até que estes sucumbam, por sua vez, com desagrado, ou até não.                                                      
Do Tango à Valsa Vem de longe o caminho que leva o pecado ao perdão. O pecado é fácil, dançá-lo com elegância a ponto de admirá-lo, sem necessário perdão, é como rosa que nos espeta e justifica-se com sua magnificência. Porque não dançar Valsa? Ter a leveza sem o mistério de um nenufar, mas a elegância, virgindade e beleza de um Lírio? Porquê Rosa vermelha? Sim, mas que esta apenas anteceda a cor-de-rosa. Amar sem respeitar os defeitos é gostar de rosas sem espinhos, desejar lírios sem pudor, e deslumbrar-se com o misterioso nenufar, que não resiste sem o seu lago escuro... Uma vez em mãos...sucumbiria.
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"Interiority      and Freedom"
Hoje sem querer, descobri este artigo que pelos vistos é "antiquissimo" e nunca soube da sua existência...bons tempos :) JÁ LÁ VÃO OITO ANOS! Tinta Fresca - III Exposição de Artes Plásticas Obrigada Artur!
Espelho meu...Espelho meu... A “Beleza” deve ser um dos conceitos mais difíceis de definir. Pode-se tentar, mas nunca se chegará a consenso, nem mesmo na essência do conceito. Não me vou pôr para aqui a discutir Platão mas, na realidade, é algo que está omnipresente nas nossas vidas e, de certa forma, todos procuramos o “belo” em nós próprios e nos outros e nas coisas que nos rodeiam Também é uma coisa que começa a definir-nos à nascença. Aquilo que mais se ouve família e amigos exclamar ao visitar um recém-nascido é como é bonito (com mais ou menos entusiasmo, consoante a verdade da coisa...). Depois nos jovens adolescentes, a constatação de se ser diferente por se ser bonito e que pode trazer coisas muito negativas, nomeadamente no que respeita à sociabilização, porque se é “bonito”, os amigos não se fazem com facilidade, em especial com as pessoas do mesmo sexo, enquanto que com o sexo oposto a aproximação é demasiado fácil e todos pretendem a sua companhia, sendo a amizade um...
Feliz aquele que consegue entender a causa das coisas. Mas também quando não há explicação, temos de ultrapassar o limite do entendimento e ser generoso connosco.
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Centro de Artes e Espectáculos Trabalho Final da disciplina de Desenho Urbano Na criação deste projecto arquitectónico, teve-se em consideração a malha urbana da cidade em estudo, sendo uma cidade cuja topografia é marcada por declives e vales acentuados que formam a Covilhã. Observadas as condicionantes e as realidades do local, obteve-se um conjunto edificado que surge no terreno de forma natural, com o objectivo de enquadra-lo na paisagem, acabando por enterra-lo mas não na sua totalidade, permitindo que os transeuntes andem por cima dos edifícios, e quem está dentro deles contemple o exterior, como quem está fora observa o interior, havendo maior dinamismo entre interior/exterior, através da cobertura em vidro que resiste ao peso. Esta ideia de enterrar o edifício, tende a valorizar esta margem sul da Cidade da Covilhã, que na década dos anos 60, era uma zona rural, tipicamente destinada à agricultura, em que no seu redor existiam apenas pequenas propriedades rurais ou terr...
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Projecto IV/1 O projecto elaborado procura ir ao encontro do lúdico dentro do espaço habitacional, de serviços, no espaço urbano. Para tal recorri a reminiscências do passado de onde capturei os vãos das antigas fachadas, através do tipo de janelas simuladas, anteriores à segunda guerra mundial, e fundi-as com o conjunto agora existente recortando-as pela cércea do edifício. Estas fachadas são frescas e luminosas de verão pois são de vidro, colocadas em afastamento da fachada a 30 cm, deixando circular o ar, são acolhedoras de inverno uma vez que estas deixam passar o pouco sol calor existente no local (Gdansk-Polónia), criando “efeito de estufa” juntamente com o isolamento existente nas paredes, aquecendo. As janelas que constavam anteriormente no edifício foram mudadas, sendo iguais em todo o conjunto, com propósito de uniformização. Num propósito de se vivenciar o natural de forma lúdica e não passiva, criei desníveis que variam com 50 cm entre si, até ao rio que passa adjacente...