"Um homem sem memória, é um homem sem passado." Albert Camus Porque escavas? Se a memória fosse veneno, alguém não teria presente. Para quê ter memória quando magoa? T er um presente amargurado dev ido a maus presentes no passado. O que do lembrar vale a pena são as sensações. A sensação estrutura-nos, e porque construir só se faz a punho, com toda a dor do esforço que lhe recai…podia dizer-se que um homem sem sensações é alguém sem presente nem futuro. Mas, memória … m emória é como um selo visível ou invisível para nós ou outrem , que veda a fronte. Tudo é nítido na memória, tudo é demasiado realista ou natural, sem a graça da luz que jaz em cada indivíduo onde mora a cor que há em cada coisa que ele absorve, e assim pinta -se algo não muito perceptível e sempre belo. O hediondo é apenas um resto…foi transformado …em algo anímic...
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Como se pode brilhar à meia noite? Abano o coração ainda adormecido, esqueço a canção que gastei continuando esta a viver secretamente dentro de mim. O que me aconteceu não sei, não sei do que me recordar, embora saiba do que viver. Tento arrumar à pressa os últimos meses e sair depressa para o trabalho… guardo o coração desperto, e esqueço a canção que noto já não passar na rádio… em sonhos ou nas arrojadas beliscadelas. Trai-me tanto devido a gatos, estes meigos são enquanto os domino. Mesmo sem gatos fico com frieiras da noite fria… sendo assim mesmo com luvas, dizendo as pobres mal criadas que me querem saber ler, que tenho é coração partido, vida em modo corrompido. Não o tenho, talvez só pé dormente e recusa de ir para a cama por estar doente. Para quê camas quando se tem quem nos cante o fado? Quero cantar a cantiga do meu pastor, pois é tarde demais para tudo o que me lembro, mesmo para a verdade crua, po...
"A menina dança?"
Sinto-me dissonante, A cada dia que passa. Tempo corre, sem volta e traz um futuro só com casca, de noz estragada. Toco piano sem semi tons. De folha branca em frente. E continuo a insistir no improviso, sem dó. E com ridícula piedade, sendo ela o tom que me permite continuar o caminho sem aumentar, por mim, o valor do meu dia a dia. Nem boas nem más noticias. VAZIO. Sinto-me enganada. Pelas teclas que correm dia após dia, pelas palavras repetidas, ouvidas e possivelmente não sentidas. Pela inexistência do tempo, e pelo conteúdo rico que este fantasma sempre apaga. Sinto-me em dó sustenido. Quase ré dos meus próprios sonhos.
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