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A mostrar mensagens de março, 2008
O que é o ciclo amoroso? Exigência e desilusão. Ninguém valoriza ninguém embora nobre, se não houver incógnitas e terreno por conquistar.
Lá fora faz o mesmo frio que corre no meu peito. Estou cansada de ambições e pretensões que tenho, estou cansada de utopias que me trazem sofrimento. Cansada de amar, cansada do ciclo que esta aventura constitui. Cansada de não perceber o porquê de amar quando nem sequer me vejo a mim mesma. Não me amo, se me amasse não mergulhava num mar de ilusões sobre mim, e vivia humildemente com as capacidades que me vão dando uma mãozinha aqui e ali sem precisar de as afirmar. Que nojenta necessidade de afirmação é esta? Desejo loucamente a libertação de tudo isto, desejo a genuidade que me fugiu e igualmente a consciência de uma validez de existência por si só, sem precisar de barrocos e rococós a coroarem-me a inteligência. E quando tiver menos ardente de crescer como gente, só aí… serei alguém. Terei a paz necessária para colocar tudo em ordem.
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Festival de Cinema Indie Este anúncio está muito bem feito!
Espero por mim há dias, espero por encontrar o eu conveniente para pôr tudo por escrito. Espero, e neste momento não sei bem como começar, pois é como condensar uma tempestade inteira num copo de água, dar-lhe um rótulo e esperar que os outros compreendam a sua dimensão e consequências, quando apenas a vêem em maquete. No entanto, embora julgue que um copo é pouco, por vezes mata a sede, e afinal os nossos problemas não são novidade para ninguém, é certo, e o meu objectivo não é relatar, mas apelar ao âmago alheio através de descrições que lhes são familiares em suas próprias vidas, visto sermos farinha do mesmo saco, reflectindo então o copo toda a realidade em sua volta, com mais ou menos aproximação ao particular. Começo então. O facto é que já tive em dias melhores para fazer isto, mas o aquecedor que conservo sempre por perto amolece-me e rouba-me a lucidez de quem está desperto e põe-me rendida a tudo. É assim que tenho andado, num descanso abusivo de quem está farta de emoções, ...
Como às vezes tudo parece que se passou com outra que não eu. Abri a porta às fragilidades mundanas e deixei escapar a paz brevemente conquistada e os ideais, a força e tudo o que tinha de bonito em mim. Agora deixo-me ir ao sabor dos outros, ainda que indirectamente passando um péssimo bocado. Deixo-me angustiar com as misérias das suas conveniências. Quem me dera recuperar a força que um dia tive e que fazia um barreira entre as intenções de outrém e os meus sentimentos e simultaneamente lhes tirava o pio. Sinto falta da paz em plenitude que por não me reconhecer a mim mesma me escapou. Sinto falta da genuinidade e coragem que se perderam entre doenças e exigências tirando-me o amor por mim mesma.
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De tirar o tapete debaixo dos pés... Encontrei este artigo num suplemento do público: Comida do lixo Os "Fregan" são recolectores dos tempos modernos. Uma nova subcultura urbana que cresce em Nova Iorque. Texto de Erika Hayasaki, Fotografia de Carolyn Cole. Madeline Nelson prepara o almoço no seu modesta apartamento, em Nova lorque. Uma salada feita de cenoura ralada e alface que ela encontrou no contentor de lixo de uma loja Whole Foods, urna cadeia de supermercados especializada em alimentos naturais e orgânicos. Para temperar o molho, Nelson misturou-lhe um pouco de miso em pó, que encontrou num saco de lixo de Chinatown. O pão que cozeu foi feito com fermento recuperado do lixo de uma mercearia que vende produtos do Médio Oriente. Nelson é uma ex-gestora de uma grande empresa e tem dinheiro suficiente para jantar em bons restaurantes. Mas ela prefere usar produtos que encontra no lixo e tarnsformá-los em refeições sofisticadas, sem gastar um cêntimo.Hoje Nelson descongelo...
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Exposição no TMG- Actores Urbanos Nada mais nada menos que uma Teoria de Planeta Terra como Aquário em que nós sendo o peixe que nele subsiste, vamos sendo soterrados com pedras. Os Actores Urbanos são nada mais do que nós humanos, que devendo lutar pelo bem do nosso Habitat fazemos tudo menos isso, indo no caminho oposto. Somos apenas Actores, trabalhamos numa ilusão.
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22/02/2008 Uma das vezes em Lix Exposição de Leonor Antunes (Chiado 8) Café do Museu do Chiado: Alguns quadros da Lisboa Arte: A Brasileira! Uma das minhas estações preferidas de Metro (Arte Nova): Poiso de Final de Dia:
29/2/2008 Há momentos de confusão. Há momentos que me parece ser linear, tendo simultaneamente situações de picos que me apaziguam, sendo o conjunto uma mistura bombástica de felicidade. Nestes últimos dias, a minha saúde não me sorri, e embora tente levar tudo com calma a fisiologia não deixa. Tento há quantos dias retirar a emoção transborda das coisas, das ideias incoerentes em mim. Tento fugir do caos que já experimentei, e que por pouco não me levou a realidade de vez. Vou mais uma vez para Lisboa, espero para bem de tudo que esta névoa passe enquanto as veias da cidade ocupam o meu espaço mental no seu timing apertado, enquanto perco o meu corpo em passos largos e tudo se vai desenrolando num trepidar do metro que fica em memória. 1/3/2008 Toda a tempestade pode ter fim, mas não se conhece o fim do que ela arrasta. Mal ou bem o fim de semana em Lisboa passou, e apesar de algum susto durante a estadia, à tarde tudo parecia desfazer-se em concentração e espertina, que embora não a ...