Ao Crepúsculo... O tempo parou, e nada mudou, e a noite caiu, e a lua sorriu, e o fogo acendeu, e a porta bateu, e o tempo passou, e o amor não voltou! Alguém me diga por favor onde está o meu amor, que cada vez mais emaranhado está no ninho sem jeito que crio. Sempre que olho para trás a minha sombra esconde-se na frente, e sempre que estou no caminho certo, algo acontece e coloca-me no meio do deserto. Estou farta desta busca sem fim, que apesar de ser um desafio, evolui de passo para trote, e de trote para galope, sem dó da minha pouca resistência, pois parte para uma meta indefinida, que não vê formas nem traços de um fim. Será eterna esta busca desmesurada e insatisfeita de um "eu" em vias de formação e com medo da extinção? Apago-me a cada passo, pois julgo que nas grandes investidas se encontra o caminho. Por vezes acordo, e uma voz vinda do fundo das minhas vísceras me diz que no outro só se encontra submissão e desassocego, e não a assunção da minha identidade. Cuida...
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