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A mostrar mensagens de junho, 2006
26/06/2006 Faz trinta anos que alguém se deixa invadir pelo mundo de sonhos cor de rosa que hoje não são mais que pesadelos tornados numa grande guerra. Faz trinta anos que alguém nasceu. E passam dois dias desde aí, que recordo com a pena de quem desejava para esse alguém um dia mais feliz, ou quem sabe dias mais prósperos. O nome do presente que dei não está em sintonia com a pessoa, antes torna-se obsoleto: Paz. Ainda mais tratando-se de uma Paz que não é o fruto do descanso da guerreira, mas antes de um motivo frívolo, como o da apreciação da beleza do feminino. Lamento ter pressa de satisfazer o pedido da pessoa em questão e não a poder assim contemplar com uma coisa personalizada, como era merecido. Passam assim dois dias que se corre para o hospital de Leiria com o meu avô. Passam 50 minutos que a minha prima abandona o banco ao lado da cadeira onde estou, para ir descansar, esperando-lhe amanhã um dia que deixa em fúria os deuses e em satisfação o demónio. Faz alguns minutos qu...
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Lugar de Implantação Posto de Turismo Neste exercício é-nos proposto um novo acto projectual, um Posto de Turismo, no núcleo histórico da Covilhã, que consiste em vestirmos a pele de um arquitecto de renome estudado no exercício 2. No meu caso interiorizei o modo de pensar de Pierre Chareau, e os princípios modernistas defendidos na sua obra. Baseei-me sobretudo na obra estudada no exercício anterior, a Casa de Vidro, por ser a sua obra mais significativa, possuindo este arquitecto/designer, uma reduzida obra de arquitectura, sendo esta feita a dois, não havendo por isso uma forma pertinente de me generalizar dentro das que ele possui, dai centrar-me na Casa de Vidro. Partindo do principio de integração que esta sofreu no local onde foi construída, fiz com que o meu projecto também se integrasse completamente no local, aproveitando as escadas já existentes, a fonte e o desnível situado no local onde esta se encontra, para vestir aí a minha construção, tentando evitar que esta contraste...
(...) Encontrei ontem um nome de que há muito precisava: Invenção de si. Não o adquiri, estou à espera de ter espaço para ler o Sentimento de Si que há muito ganha pó nas minhas estantes. Reinvento-me nestes últimos dias, numa alegria que me sai do vazio e me preenche os espaços que me sobram e há muito reclamam pelo estatuto de Lugar. Sinto saudades de sentir as minhas hostilidades como aconchego, dado pela consciência de um perdão que lhes é dado, como se de uma pessoa amada se tratasse, na qual se admira os defeitos como virtudes, pois estas não são mais do que uma consequência. Será que me cheguei a amar? Será que cheguei a apreciar o meu erro como se fosse a queda de criança que aprende a andar, e da qual sorrimos com carinho? Cheguei. Estava em 2003, numa noite de Agosto, na qual me chamaram para sair de casa após três meses de alegre recolhimento, apesar das marcas na fisionomia, que revelavam uma saúde duvidosa ou um espírito em tormento. Tinha a face em chaga. Olhava-me com pr...