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A mostrar mensagens de 2015
Preciso. Impreciso. Quero um lugar que tenha lugar o sonho, o acaso. De cabeça cansada, embrutecida pela rotina, pelos cépticos e amargura, olho sem ternura, nunca assim experimentada... para um tal "20º Acaso" que tirei algures em Leiria sem vontade mas com nostalgia. Faltar-me-à o sonho...ou será apenas tempo...ou serei diferente? Preciso. Preciso de mais precisão para poder olhar a vida com cores novamente. Agora amadureço e enrijecer sem amor pelos meus fracos... pela arte. Esqueço-a. Temo. Temo a minha morte, por amor a alguém, agora a rotina afoga-me em ordinarisses...sem dó, e pior... a minha vida depende delas.
Uno. Reúno o arruinado antes pensado que agora não faz efeito, talvez apenas porque não se concretizou. Junto todos os pedaços de papel rasgado, apenas sonhos adiados de medo na fronte. Papéis…volto a uni-los, a rasga-los em pedaços mais pequenos até desvanecerem as ideias, os sonhos, desejos que neles se mostram e faço questão em dar-lhes caminho acabando com o meu. Cada dia passa. Cada dia irá passar num futuro a longo prazo numa rotina que a vida não visita nem mesmo a felicidade, apenas o meu conformismo, pondo alegria em todas as pequenas coisas e nos problemas que se evitam mas voltam ainda com mais veemência à superfície. Nisto…porque é que o medo não se rasga? Animal roendo a minha carne que nada resolve, só adia a minha suposta existência que deverá ser agora, pois o amanhã parte do que se consegue hoje. E nisto agarro os pés, voltando à mesma posição. Conforto. Desconforto que se resolve não se resolvendo. Agarro. Mordo as pontas dos dedos dos pés. Tapo-me. E...