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A mostrar mensagens de 2009
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o Meu Estado: Vazio. em minha defesa destaco a noção de niilismo frequentemente associada a este conceito, que mais não será, do que a descrença generalizada que conduz à falta de acção. Este seria para Nietzche, uma consequência do pensamento lógico e estaria relacionado com vontade de veracidade que conduziria à destruição das certezas sobre as quais ela se desenvolve. nada. não pensar, não agir. Ainda que se digam ateus, apontam a dedo a quem ao nada se rende, fazendo da sua alienação uma ponte com o cristianismo, em que o vazio é associado ao caos, à ausência, à vaidade...que em ultima análise levam ao caos, a que se quer escapar. Mas para quê? descansem, até o acaso pode ser representado por equações.
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“ O difícil não é imitar a grandeza com desmesura. O difícil é que a alma não seja anã .” Vergílio Ferreira Todo o Homem tem os seus pontos negros mesmo que os oculte, por vergonha ou petulância. Relembro nos dias que tenho do passado, as escondidas de um hediondo maior através de hostilidades de menor, as exigências desmedidas a outrem para que lhes não caiba nas suas medidas, a crítica da sua alma decadente. E porque a ignorância é absolutamente neles evidente, pelo absurdo dos cânones desumanos, mais estreitos assim são, que desconhecem os limites dos seus irmãos humanos. Tão mais ignorantes que aquela vítima que escolhem, do seu desdém ou inveja, e enganados continuarão, pois em vão lutam por uma razão, sendo esta não mais que um escape do espelho que tão ingenuamente usam, não se afirmando em nada mais que isso no seu ataque. O próprio Deus teve declínios. Ele criou o homem quando estava fatigado tendo por isso sugestões do Diabo, o que não tira ao sexto dia a esperança numa conti...
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Brienz Por caminhos tortuosos chegámos a um extremo de um dos lagos mais formosos…nem tudo o que é belo custa, e este é o caso. Antes uma sina da sorte nos deixou ir até um coração protegido por geladas vozes das montanhas, pontiagudos pinheiros e escarpas atrevidas, espreitando um vale ponteado e encantado nascido através de águas esmeralda que tapam tudo o que resta de inóspito. Junto ao lago BrienzerSee, o silêncio, e as palavras ausentaram-se, revi assim, que é bom ficar em silêncio quando o espanto manda. É bom ficar nesta calma que descobri quando estou bem junto a mim. Enquanto se despiam os fados de cada cantão o céu pintava as cores em volta num cenário que imaginou, e o fim de tarde que hoje é indescritível, desejado para o meu país, incluindo tudo o que dele transborda em tons bem definidos similar ao contraste térmico entre cumes e vales. Por um suspiro no dia seguinte, mergulhei em águas translúcidas, porque devotas à luz, que como dizia o proprietário do “jardim alugado”:...
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Genève Altura em que a flores dão lugar á neve, patos e gaivinhas acompanham a corrida que lhes damos entre rochedos, e que Deus lhes deve. Através do geiser ao longe percorre-se a marginal e chegados à sua beira ficamos com simples sandes de preço que mesmo em francos se leva a mal. Antes disto, dois portugueses de fato direito e expressão lisa capturam-nos num flash com cisnes à vista. Na marginal acordamos e através dela continuámos travados por um stop do lado direito em que um relógio de ajardinado diferente mês a mês conta também trazer gente.
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Avignon É um erro crasso julgar que Avinhão se reduz a Picasso. Nas suas viscerais muralhas se confirma as senhoras de Avinhão na sua Zone Rouge sem coração. Pelas entranhas da cidade se exibem cartazes que se julgam enfeites em dias fugazes de agitação e festa devido a festival sobre tudo o que se achem capazes. Como pecado seria usar cola em paredes cuidadas faz-se da publicidade literatura de cordel fazendo da anarquia ponte para a poesia. Depostos os papas ficam as imperiosas recordações das artes que trazem gentes curiosas detodas as partes, com enfado de salas vazias em que vozes em desordem num phone nos lembram que a mesa mais pequena não é só para o rei, e tudo acaba com um sorriso desenhado num livro de visitas que mostra que por ali passei.
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Barcelona Uma vez mais em Barcelona deparamo-nos com dificuldades visto não ter poiso para concretizar frivolidades. De bicicleta através da marginal descansamos num café onde nos desperta um naturista a cem por cento com uma pila de jumento. No Paseo del Colon uma flauta ao longe nos encanta, sendo-nos anunciada pouco antes na Barceloneta, pelo correr de um “Skate-Dog” que nos espanta. Ao filmar o grupo “universong” um bonito sorriso faz saltar o entusiasmo de um final de tarde num namorar das Ramblas a abarrotar, onde tanto as pessoas como as bicicletas estagnam a espectar. Após o jantar andámos sem parar através da cidade moderna onde nesta zona um segundo falo nos faz os olhos marcar. Depois de 10 km corridos que percorremos aguerridos, a noite acaba com discrepâncias entre norte e sul, Espanha e Portugal onde a malta birrenta já tudo leva a mal.
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Zaragoza Pela segunda vez em Zaragoza o calor é muito, e a multidão é grossa. De bicicleta treino pedaladas esquecidas, desentorpecidas entre uma molha na fonte do Fórum e um granizado atrás da La Seo, ainda na expectativa de uma expo que esmoreceu. Na Nossa Senhora do Pilar se beija um gasto orifício e se dá azo ao sonhar, tanto pela fé como pela sua linha arquitectónica irregular. Entre o barroco dos retábulos e pinturas e o Neoclássico da Catedral se resguarda um exímio quadro onde um foco incisivo rasga um cenário de salvação sem igual. Corre-se a cidade a duas rodas pelos arcanjos jardins que animaram a exposição universal e lá se acaba num manancial de sensações, resultado de reprovações que nascem do abandono do potencial.
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Há dias em que não se consegue escrever, assim como os há que não se consegue desfrutar ou deixarmo-nos envolver. Há tempos em que se vive longe de tudo, o que mais não é do que um divórcio da consciência emotiva, por muitas vezes necessário. Gostava de escorregar junto de uma gota de água que percorre um vidro, de condensar-me acompanhando a maresia, de viver como o fim de mim fosse o fim do meu dia. Por uma cidade de imposições hoje de bicicleta vagueei fugindo do calor em que o andar tornava brisa. Gostava de conquistar essa transfiguração de adversidades, tomando o problema como emblema a apanhar, e assim da brisa passar a quadro impressionista. Detesto viver como nenúfar isolado num verão acalorado, onde tudo se passa e nada se põe do meu lado.
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Nada melhor que um motivo menor para dar asas a um desabafo. Nada melhor que a descontracção para se agir com imaginação e coração, usando palmas de mão apenas, esquecendo as empenas e usando-se dedos perdidos nas inconveniências de ocasião. A força de labuta assim como a do amor, perde-se no emaranhado de sonhos que se tem de dia, se é que não se dorme. Havia pois opiniões e confusões devido a ilusões criadas por fragilidades nascidas de nadas viscosos, mas que marcam o nosso pequeno tudo. Porquê não viver genuinamente mesmo que se passe por demente? Porquê não deixar fluir para levar o verdadeiro amor a crescer e existir? Ser demente é quando se mente e assim sendo se desmente o pertinente do amor e o existir veemente.
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Residência Jardim (residência para estudantes) Para Projecto IV/II Tendo em conta os requisitos impostos o que se procurou foi cumprir um programa, que se expõe pela tipologia complexo residencial, onde parti em busca da sua forma de concretização mais simples e lúdica, indo ao encontro do sonho de criança – uma casa suspensa na árvore, visto o alvo ser o público jovem. Permitindo-se uma estadia descontraída, paisagisticamente enquadrada com a flora envolvente a plantar e a fauna que poderá aderir posteriormente. Modelei o terreno por forma a encontrar uma área plana suficiente à estadia e encontro de utentes ao ar livre e onde se implantaram os dois edifícios de serviços colectivos. Na periferia dessa plataforma o declive existente do terreno e a vegetação aí proposta criam a noção de parque/jardim onde plantei, suspensas, unidades individuais de habitação numa tentativa de “perfeita” simbiose com a composição arbórea. As unidades de hab...
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Como se pode brilhar à meia noite? Abano o coração ainda adormecido, esqueço a canção que gastei continuando esta a viver secretamente dentro de mim. O que me aconteceu não sei, não sei do que me recordar, embora saiba do que viver. Tento arrumar á pressa os últimos meses e sair depressa para o trabalho…guardo o coração desperto, e esqueço a canção que noto já não passar na rádio…em sonhos ou nas arrojadas beliscadelas. Trai-me tanto devido a gatos, estes meigos são enquanto os domino. Mesmo sem gatos fico com frieiras da noite fria…sendo assim mesmo com luvas, dizendo as pobres mal criadas que me querem saber ler, que tenho é coração partido, vida em modo corrompido. Não o tenho, talvez só pé dormente e recusa de ir para a cama por estar doente. Para quê camas quando se tem quem nos cante o fado? Quero cantar a cantiga do meu pastor, pois é tarde demais para tudo o que me lembro, mesmo para a verdade crua, pois nua toda a gente a aponta.