Estou-me a deixar levar pela preguiça, pelas ilusões que o calor oferece, ou quase que obriga se não se estiver ciente da realidade, ou antes: do dever. Este aspecto até ao presente tem batido de leve na minha vida, e das vezes que se afigurou quase que parecia brincadeira. Hoje só pensar, lembrar-me disso, assusta, mais por me sentir longe da responsabilidade, do que pelo abdicar que exige. Abdicar do tempo, do que chamam de qualidade de vida…mas afinal de que serve a qualidade se não se cumprem ideias que se tornaram essenciais para mim, de que serve isso se tenho sonhos e esse não é de todo o caminho para os realizar?
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4/05/2007 Quando ocorre um mal maior, tudo o resto que seria problema se transforma em insignificância. Da felicidade que me atava as palavras à abstracção, passei a um estado de vigília face aos últimos acontecimentos que me deram o estalo para acordar e vislumbrar uma imagem dura, seca e cruel da realidade, que apagou as palavras que estavam na ponta dos dedos. Acidentes de carro há muitos, mas espero que comigo, mais, não! 5/05/2007 Não consigo escrever. 7/05/2007 Acho que não consigo. Não consigo reviver o que me permiti sentir por alguns momentos, o não continuamente sentido. Pois se assim o fosse arruinaria o pouco conquistado até agora. Algo em mim me protege de tal. Desde o inicio todo o acontecimento teve travo a sonho, com gosto amargo e lembrança eufemista. Depois, tudo parece pouco importante, e todo o azar rotineiro indigno de confiança. Quando nos acontece algo fora do previsto não chega a ser digerido, antes cerca-nos o coração esperando a hora certa para o sufocar. Não ...