Quando um filme nos puxa os cabelos... Mulholland Drive David Lynch parece ter esta posição: “Que tal eu deixar o mundo viver como quer e deixar que eu viva como quero” De qualquer das formas, a interpretação que se extrai do filme é esta: Tudo se desenrola como se fosse um filme com princípio meio e fim, mas de repente apercebemo-nos que não é assim, e a simples observação da tela, acaba numa grande dor de cabeça. Surge o Cowboy, que é um género de pregador de ideias, tal como um “pastor”, um padre, na sua forma mais genuína e americana…e que nos diz o principal: “A forma como a tua vida é só depende de como a levas, uma vez com calma tudo corre bem”…enfim algo do género, e acrescenta “se não acentares bem esta ideia aparecerei mais vezes”…tudo isto dito a um REALIZADOR. O verdadeiro realizador neste caso é o Cowboy. E nós somos realizadores da nossa interpretação, da nossa vida, das nossas ideias tal como Adam, mas é Lynch que nos vai dizer que apesar das nossas convicções tudo não p...