
Tudo muda em pouco tempo…tudo muda por reminiscências do acaso, não é de todo necessário o acaso de corpo inteiro. Neste momento invade-me a ideia de que já não sou capaz de escrever com veracidade, pois a convivência e balbúrdia emocional, esta felicidade ou contentamento absurdo, e quem sabe…efémero, cega-me, destitui-me de clareza de ideias, ou antes absorve-me em preguiça. Em parte assusta-me, em parte compreendo. Já não estou só comigo e perdi o tempo para escavar ideias, perdi o tempo para minhoquices, e dei lugar à experimentação. Neste últimos dias apercebi-me novamente da assunção voluntária de sentimentos em mim, da libertação de códigos e convenções que me limitavam, me apagavam na indiferença, minha por mim, e me constrangiam em rotina. Os bons sentimentos expressos trazem cor e movimento à vida, e não devem ser omitidos, mesmo que por falta de coragem…deve-se enfrentar essa falta, para se puder ter a sensação divina de se ter agido positivamente, esquecendo as consequência...