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A mostrar mensagens de março, 2006
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Covão D’Ametade… Nesta fase, o esboceto, é-nos pedido que façamos a sugestão de um espaço arquitectónico para um lugar na Serra da Estrela, estando a dificuldade, a meu ver, ligada com a relação entre um novo objecto que surge num espaço já com carácter definido, e extremamente belo, e quando a beleza sobra o desastre da intervenção é-lhe proporcional, pois o ser humano intimida-se, a nossa perspicácia esconde-se por detrás das costas e trabalhamos assim quase em branco. Assim é na procura de escapar a este género de reacção que proponho um lugar diferente do que foi dado, tendo em consideração principalmente que este novo sítio se configura como numa procura que o continuem, pois assume-se como uma parte que não conseguiu acompanhar a configuração do que o envolve, e é na tentativa de assim lhe corresponder que o elejo como lugar da minha construção. A orientação da construção foi escolhida de acordo com o movimento aparente do sol, podendo-se afirmar que apesar de esta possuir uma pa...
Hoje não tenho imagem. A única imagem que me invade e consome é a do passado, da qual restou apenas a sombra numa penumbra que ainda subsiste. E dessa época não possuo nenhuma foto nítida, apenas o rasto em areia pisado pelo dinaussauro que me habita agora, e que me lembra estar no príncipio dos meus tempos. Regredi. Sinto-me arcaica em tudo que me projecto, me proponho ultrapassar, como se tivesse ancorada em alto mar ignorando que este se encontra bravo, e eu teimo em não avançar. Dançar. Talvez me faça escapar ao fantasma do presente que me retrocede, pois o estado físico é indissociável do estado psíquico. E lamentar que somos aquilo que comemos e fazemos não me leva a lado algum. Resta-me alegrar pelo importante facto de me cheirar a lugar de dança pelas redondezas. A vocês...prometo animar.
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.Covão da Ametade. Hoje fui ameçada por um verão através da neve. Belo local. Espero estar à altura de tal projecto (um abrigo para o Covão da Ametade, na serra da Estrela), pois quando a beleza sobra o desastre da intervenção é-lhe propocional, pois o ser humano intimida-se, o carácter esconde-se por detrás das nossas costas, e trabalhamos assim quase em branco. Resta-me esperar que os meus erros neste trabalho estejam certos e que o meu aquecedor vista o ser do meu Verão, pois a minha primavera esmoreceu quando acabei por chegar à conclusão que não há na Covilhã aulas de Dança de Salão que eu sonhava praticar. Sinto-me embrutecida pela rotina e vexada dentro de um convívio, o que me atordoa de todo, sinto que a dança iria acabar com esta suspenção de existência, mas mais uma vez os castelos no ar caiem sobre terra, e começo a silenciar-me com o trabalho escolar e com o pouco cumprido curso de inglês. Quem sabe aquela impossibilidade não abra alas para decorar mais algumas telas em br...
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Sento-me aqui nesta cadeira confortável, e tento fazer crescer algo que adoptei faz cerca de um mês sem grande convicção- o meu blog. A invencível rotina faz com que me olhe ao espelho com um vazio, mas no entanto, sinto-me alegre de notar que a minha aura começa a tomar um rumo mais positivo, quando me vejo a sentir uma estirada de cerca de 200 km sem inércia e apatia, fazendo esta a fronteira com aqueles tormentos ( três semanas sem nada fazer), e conseguindo perder assim, nas imagens a 160 km/ h, o olhar com prazer. Agora uma aura já primaveril, lança-me os olhos pela janela, na qual o aquecedor participa mais que qualquer flor que se possa ver num parapeito vizinho, e sinto-me satisfeita por me sentir mais optimista, embora desesperante por uns dias de belo calor, pois o Sol ilude e reconforta, e talvez com a sua ajuda aprenda definitivamente que o significado de mim mesma é de dentro de mim que o sei não do olhar dos outros, e que qualquer pedaço de mundo que se consiga, fora amel...